DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

Em Assunção, onde integra a comitiva que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua visita oficial ao Paraguai, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) negou as acusações envolvendo seu nome na Operação Navalha, da Polícia Federal. Rondeau disse que as acusações contra ele são uma "mentira" e uma tentativa de criar uma "pauta negativa". Afirmou ainda não ter falado com o presidente sobre o assunto -os dois chegaram a Assunção em aviões diferentes- e que se sente à vontade para continuar no ministério. (RODRIGO RÖTZSCH)

PERGUNTA - O que o sr. diz das denúncias envolvendo seu nome?
SILAS RONDEAU - É importante que não se julgue por boatos. O meu chefe-de-gabinete não é o assessor supostamente envolvido no problema. O suposto assessor não é do Ministério de Minas e Energia. Nós tomamos todas as providências que um ministro tem que tomar num momento desses. Este assunto está sendo muito bem conduzido pelo ministro Tarso Genro, pelo Paulo Lacerda, diretor da Polícia Federal. Não podemos nos basear em informações que surgem a cada momento.

PERGUNTA - O sr. tem um assessor chamado Sérgio Sá?
RONDEAU - Não existe assessor no ministério com o nome de Sérgio Sá.

PERGUNTA - Ele teria dado acesso a uma pessoa da construtora para entrar numa portaria privativa do ministério para que não chamasse atenção. E essa pessoa estaria portando R$ 100 mil...
RONDEAU - Eu desconheço essa informação. Naturalmente, a PF, o Ministério Público, todos os órgãos que estão envolvidos elucidarão essa questão. Nós não podemos fazer um julgamento em cima de uma pauta absolutamente negativa.

PERGUNTA - O sr. se sente à vontade para continuar no cargo?
RONDEAU - Eu estou muito à vontade, até o momento em que o presidente, que é dono do cargo, decida sobre isso. Eu não tenho absolutamente nada a temer no processo sobre isso. Estou absolutamente convicto que não existe nada que venha comprometer.


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