São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Só baixo clero defendeu governo em depoimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O baixo clero do Congresso assumiu ontem a linha de frente da estratégia de defesa do governo e de José Aparecido Nunes Pires na CPI dos Cartões Corporativos. Resultados: tentativa de emplacar uma teoria conspiratória que nem Aparecido sustentou e um festival de agressões ao assessor da oposição André Fernandes.
Logo no início, quando ficou claro que os principais nomes do governo no Congresso não dariam a cara a tapa na CPI, as intervenções já mostravam que os parlamentares de baixa visibilidade pública roubariam a cena.
O deputado Carlos William (PTC-MG) exigiu no início do depoimento que Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), jurasse dizer a verdade com a mão sobre a Bíblia.
A presidente da CPI, Marisa Serrano (PSDB-MS), vetou. William rebateu: "Para mim, tudo o que ele disser no depoimento vai ser mentira porque sou cristão". A deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) repreendeu William. "Pare de falar em nome de Deus pelo amor de Deus." Na sua vez de perguntar, Perpétua falou num tom de voz alto e agudo, chamando o assessor de "dedo-duro" que traiu um amigo.
O baixo clero tentou construir a tese de que servidores indicados por Fernandes para trabalhar com Aparecido poderiam ter usado o computador do antigo chefe do Controle Interno da Casa Civil para vazar o dossiê. O próprio Aparecido disse que não acreditava nessa hipótese.
William disse que o assessor tucano "era um "arquitetador" de falso documento". Mais uma vez, o depoimento de Aparecido desmontou a tese. O ex-servidor da Casa Civil disse que o documento enviado a Fernandes havia sido produzido na pasta da ministra Dilma Rousseff.


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