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Indicado para o Ibama se nega a acelerar licenças
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
Indicado para comandar o
órgão responsável pelo licenciamento ambiental do governo, o atual diretor do Ibama, Roberto Messias, disse
que não vê motivos para a
avaliação de que as licenças
serão concedidas em ritmo
mais acelerado na gestão do
novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Messias comentou a observação feita na véspera pelo ministro Edison Lobão
(Minas e Energia), que manifestou esperança de que as licenças seriam liberadas mais
rapidamente com a troca de
Marina Silva por Minc.
Atualmente, estão sob
análise do Ibama 149 empreendimentos do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento). Grande parte
deles são projetos de construção de hidrelétricas, termelétricas e gasodutos, vinculados ao Ministério de Minas e Energia.
O novo presidente adiantou que o parecer técnico sobre a usina nuclear de Angra
3 deverá ficar pronto nas
próximas semanas. A obra
enfrenta forte oposição de
ambientalistas, inclusive da
ex-ministra.
Filiado ao PT de Minas Gerais, o geógrafo Roberto
Messias assumiu a diretoria
de Licenciamento Ambiental em junho de 2007 pelas
mãos de Marina. Na ocasião,
o Ibama analisava a viabilidade ambiental das hidrelétricas do rio Madeira (RO). A
licença foi concedida depois
de mudanças no projeto.
"O marco legal [para o licenciamento] vai continuar
absolutamente o mesmo,
sem nenhum tipo de agenda
oculta", disse ontem o futuro
presidente do Ibama, depois
de ter a indicação confirmada por Minc.
(MARTA SALOMON e SERGIO TORRES)
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