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Vaga de vice de Lula é entrave a acordo PT-PSB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A vaga de vice-presidente
na chapa do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva é o principal entrave hoje à aliança
PT-PSB. O presidente do
PSB, deputado federal
Eduardo Campos (PE), trabalha para obter o posto, mas
Lula tem preferência pelo
ex-ministro Ciro Gomes.
Para completar o PT não
esconde que quer manter José Alencar em um eventual
segundo governo de Lula. O
partido teme o fortalecimento do PSB para a eleição de
2010, quando poderia emplacar Ciro como candidato.
Ao final de uma reunião da
comissão política do PT, o
presidente nacional do PT,
Ricardo Berzoini, deixou clara a preferência: "Entendo
dessa maneira [Alencar deve
ser mantido] porque ele já é o
vice. Alencar teve um papel
importante neste mandato.
Ajudou no Ministério da Defesa e já mostrou compromisso político". Apesar disso,
ressalvou que a escolha é
uma equação complexa e que
o PSB também condições de
preencher a vaga.
Lula está preocupado com
o tempo de TV no horário
eleitoral gratuito. Sem o PSB,
perderá quase dois dos oito
minutos a que teria direito,
em aliança que incluísse
também o PC do B.
A direção do PSB deseja
que Ciro concorra a deputado federal para a legenda superar a cláusula de barreira
-ter ao menos 5% dos votos
válidos no país. Eduardo
Campos é pré-candidato a
governador de Pernambuco.
Apesar de gostar de Campos
e de julgá-lo hábil negociador, o presidente mantém a
preferência por Ciro.
Anteontem, Campos era
citado por interlocutores de
Lula como substituto do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) em um
eventual segundo mandato.
A cúpula do PSB, ontem,
amenizava o discurso sobre
os entraves à aliança com Lula. Em mais dois Estados o
partido via possibilidade de
acordo com o PT: Alagoas e
São Paulo. "Algumas coisas
avançaram. Há lugares em
que ainda podemos resolver.
Alguma chance tem", disse o
secretário-geral do PSB, Renato Casagrande (ES).
Em Alagoas, o PSB quer o
apoio do PT nas coligações
proporcionais, com prioridade para nomes da legenda,
como a ex-prefeita Kátia
Born. Em SP, se houver coligação formal com o senador
Aloizio Mercadante (PT), o
PSB reivindica boa parte da
coligação proporcional livre
para nomes da legenda.
O prazo que Lula deu aos
partidos para definição de
alianças termina amanhã.
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