São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2006

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Meirelles rejeita "debate emocional" sobre juros

GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a visível preocupação de evitar um bate-boca, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, associou a um posicionamento "emocional" o ataque recebido de Geraldo Alckmin, que o chamou de "covarde" por não ter reduzido mais rapidamente os juros.
Meirelles só abordou o caso, enquanto fazia uma exposição no Congresso, ao ser questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), outro crítico da política monetária do governo.
"O senador mencionou comentários sobre a questão de ter exagerado ou não na dose, ou pessoas que podem achar que o BC poderia ter cortado mais os juros ou não, e algumas pessoas se posicionam emocionalmente a esse respeito, o que é compreensível", disse.
E, sem citar o nome de Alckmin, concluiu: "A decisão sobre taxa de juros não demanda grandes emoções, ou valentia, ou covardia. A decisão tem de ser tomada com responsabilidade e conhecimento técnico".
Meirelles, que para assumir o BC teve de abrir mão de um mandato de deputado pelo PSDB goiano, fez uma defesa da política econômica em depoimento a seis comissões do Congresso. Na platéia que mal chegou a contar com uma dezena de parlamentares presentes simultaneamente, boa parte das críticas vinha de petistas. Indiretamente, rebateu outra crítica de Alckmin, que disse ser burrice o pagamento antecipado da dívida com o FMI. Meirelles disse que operação foi vantajosa por reduzir impacto que uma alta do dólar provocaria.


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