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Meirelles rejeita "debate emocional" sobre juros
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a visível preocupação de
evitar um bate-boca, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, associou a um
posicionamento "emocional" o
ataque recebido de Geraldo
Alckmin, que o chamou de "covarde" por não ter reduzido
mais rapidamente os juros.
Meirelles só abordou o caso,
enquanto fazia uma exposição
no Congresso, ao ser questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), outro crítico da
política monetária do governo.
"O senador mencionou comentários sobre a questão de
ter exagerado ou não na dose,
ou pessoas que podem achar
que o BC poderia ter cortado
mais os juros ou não, e algumas
pessoas se posicionam emocionalmente a esse respeito, o que
é compreensível", disse.
E, sem citar o nome de Alckmin, concluiu: "A decisão sobre
taxa de juros não demanda
grandes emoções, ou valentia,
ou covardia. A decisão tem de
ser tomada com responsabilidade e conhecimento técnico".
Meirelles, que para assumir o
BC teve de abrir mão de um
mandato de deputado pelo
PSDB goiano, fez uma defesa da
política econômica em depoimento a seis comissões do Congresso. Na platéia que mal chegou a contar com uma dezena
de parlamentares presentes simultaneamente, boa parte das
críticas vinha de petistas. Indiretamente, rebateu outra crítica de Alckmin, que disse ser
burrice o pagamento antecipado da dívida com o FMI. Meirelles disse que operação foi vantajosa por reduzir impacto que
uma alta do dólar provocaria.
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