São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2007

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Exclusão de Vavá de denúncia do Ministério Público contraria PF

Promotores dizem, em relatório, que não há indícios contra o irmão de Lula

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Investigadores da Polícia Federal que atuaram na Operação Xeque-Mate ficaram irritados com a nota do MPF (Ministério Público Federal) emitida anteontem sobre a denúncia contra 39 suspeitos de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. A irritação ocorreu por causa de um trecho sobre a exclusão, entre os denunciados, de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido indiciado pela PF sob suspeita de tráfico de influência e exploração de prestígio.
Um trecho da nota divulgada anteontem, e que desagradou aos investigadores, diz que "o MPF entendeu que não há nos autos elementos que indiquem a participação [de Vavá] em qualquer uma das quadrilhas denunciadas".
Para os investigadores, o texto dá a impressão de que não havia também indícios de tráfico de influência e exploração de prestígio contra Vavá.
O delegado Alexandre Custódio Neto, responsável pela Operação Xeque-Mate, não criticou a decisão do MPF. Custódio ressaltou, porém, que o próprio MPF já tinha confirmado os indícios.
Essa confirmação, segundo o delegado, ocorreu quando o MPF foi favorável, no fim de maio, ao pedido de prisão temporária de Vavá. A Justiça Federal não acatou o pedido.
Embora tenham dado parecer favorável à prisão, anteontem os procuradores disseram entender que são necessárias "provas mais robustas" para uma denúncia. O MPF não se manifestou sobre a irritação dos investigadores.


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