|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Exclusão de Vavá de denúncia do Ministério Público contraria PF
Promotores dizem, em relatório, que não há indícios contra o irmão de Lula
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Investigadores da Polícia Federal que atuaram na Operação
Xeque-Mate ficaram irritados
com a nota do MPF (Ministério
Público Federal) emitida anteontem sobre a denúncia contra 39 suspeitos de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. A irritação ocorreu por
causa de um trecho sobre a exclusão, entre os denunciados,
de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que havia
sido indiciado pela PF sob suspeita de tráfico de influência e
exploração de prestígio.
Um trecho da nota divulgada
anteontem, e que desagradou
aos investigadores, diz que "o
MPF entendeu que não há nos
autos elementos que indiquem
a participação [de Vavá] em
qualquer uma das quadrilhas
denunciadas".
Para os investigadores, o texto dá a impressão de que não
havia também indícios de tráfico de influência e exploração de
prestígio contra Vavá.
O delegado Alexandre Custódio Neto, responsável pela
Operação Xeque-Mate, não criticou a decisão do MPF. Custódio ressaltou, porém, que o próprio MPF já tinha confirmado
os indícios.
Essa confirmação, segundo o
delegado, ocorreu quando o
MPF foi favorável, no fim de
maio, ao pedido de prisão temporária de Vavá. A Justiça Federal não acatou o pedido.
Embora tenham dado parecer favorável à prisão, anteontem os procuradores disseram
entender que são necessárias
"provas mais robustas" para
uma denúncia. O MPF não se
manifestou sobre a irritação
dos investigadores.
Texto Anterior: Base governista pressiona e enterra a CPI da Navalha Próximo Texto: Congresso: Votação de reforma política fica para terça Índice
|