São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2001

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Pepebista depõe e nega conta em Jersey

DA REPORTAGEM LOCAL

Diante da insistência da vereadora Ana Martins (PC do B), Paulo Maluf negou ontem dezenas de vezes a propriedade de conta de investimento em seu nome e de seus familiares na ilha de Jersey, no canal da Mancha, ou em qualquer outro paraíso fiscal.
Em depoimento à CPI da Dívida Pública, na Câmara Municipal de São Paulo, Maluf também negou o superfaturamento de obras realizadas na sua última gestão (93-96) e irregularidades na emissão de títulos para pagar precatórios (dívidas cujo pagamento foi determinado pela Justiça).
A vereadora, presidente da CPI, tentou estabelecer conexão entre o desvio de dinheiro apurado pelo Ministério Público Estadual e as contas na ilha de Jersey. Valendo-se dos mesmos argumentos de seu depoimento anterior à CPI, Maluf limitou-se a dizer que tinha orgulho das obras que realizou e que todas as suas contas foram aprovadas pela Câmara e pelo Tribunal de Contas do Município.
Disse que os precatórios foram emitidos com aval do Senado e do Banco Central. "Se eu não tivesse nascido, se essas obras não tivessem sido feitas, hoje São Paulo seria um Estado inviável", afirmou.
Maluf criticou diversas vezes a prefeita Marta Suplicy (PT) pelo aumento da tarifa de ônibus de R$ 1,15 para R$ 1,40, levantou suspeitas sobre os contratos emergenciais para coleta e varrição de lixo e pediu que os vereadores investigassem o preço do leite pago pela prefeitura. Até o fechamento desta edição, o depoimento não havia terminado. (RONALD FREITAS)



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