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Pepebista depõe e nega conta em Jersey
DA REPORTAGEM LOCAL
Diante da insistência da vereadora Ana Martins (PC do B), Paulo Maluf negou ontem dezenas de
vezes a propriedade de conta de
investimento em seu nome e de
seus familiares na ilha de Jersey,
no canal da Mancha, ou em qualquer outro paraíso fiscal.
Em depoimento à CPI da Dívida
Pública, na Câmara Municipal de
São Paulo, Maluf também negou
o superfaturamento de obras realizadas na sua última gestão (93-96) e irregularidades na emissão
de títulos para pagar precatórios
(dívidas cujo pagamento foi determinado pela Justiça).
A vereadora, presidente da CPI,
tentou estabelecer conexão entre
o desvio de dinheiro apurado pelo
Ministério Público Estadual e as
contas na ilha de Jersey. Valendo-se dos mesmos argumentos de
seu depoimento anterior à CPI,
Maluf limitou-se a dizer que tinha
orgulho das obras que realizou e
que todas as suas contas foram
aprovadas pela Câmara e pelo
Tribunal de Contas do Município.
Disse que os precatórios foram
emitidos com aval do Senado e do
Banco Central. "Se eu não tivesse
nascido, se essas obras não tivessem sido feitas, hoje São Paulo seria um Estado inviável", afirmou.
Maluf criticou diversas vezes a
prefeita Marta Suplicy (PT) pelo
aumento da tarifa de ônibus de R$
1,15 para R$ 1,40, levantou suspeitas sobre os contratos emergenciais para coleta e varrição de lixo
e pediu que os vereadores investigassem o preço do leite pago pela
prefeitura. Até o fechamento desta edição, o depoimento não havia terminado.
(RONALD FREITAS)
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