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VIA SUSPEITA
PT vai recorrer ao TCE
Oposição tenta abrir CPI do Rodoanel em SP
SANDRA BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL
A bancada petista na Assembléia Legislativa começou a recolher ontem assinaturas para propor a criação de uma CPI que investigue as obras do Rodoanel. A
liderança do PT deverá encaminhar ainda hoje ao TCE (Tribunal
de Contas do Estado) uma proposta para que a instituição declare irregular o aditivo contratual
de 69,92% para a construção do
trecho oeste do Rodoanel.
"Queremos que o TCE declare
irregular o aditamento do contrato acima de 25%, como prevê a
Lei de Licitações. O TCE julgou irregular uma obra viária da Prefeitura de São José dos Campos que
teve aditamento de 42,7%", disse
o líder do PT, Carlinhos Almeida.
Segundo o deputado, além do
aditamento, a CPI deveria apurar
se houve superfaturamento nas
desapropriações para a construção do Rodoanel, obra contratada
por R$ 338,9 milhões para desafogar o trânsito na capital paulista.
Enquanto a oposição buscava as
33 assinaturas necessárias para a
CPI do Rodoanel, o presidente da
Assembléia, Walter Feldman
(PSDB), convidou o secretário de
Transportes do Estado, Michael
Zeitlin, para falar sobre as obras
do Rodoanel na Comissão de
Transportes, na próxima semana.
Zeitlin disse a Feldman que está à
disposição da Assembléia.
O presidente da Assembléia disse que o eventual pedido de CPI
deverá entrar no final da lista de
38 outras CPIs já propostas:
"Uma decisão consensual do Colégio de Líderes da Assembléia
poderia fazer com que essa CPI
passasse na frente das 38 da lista".
A Folha apurou que a oposição
terá dificuldades para criar a CPI.
Segundo Feldman, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está convencido de que o
aditamento do contrato acima do
que está previsto na Lei de Licitações "foi a única decisão possível". Ele disse que "ficaria muito
mais caro fazer uma nova licitação a manter o que já foi feito".
Novos carros
Os 94 deputados estaduais de
São Paulo estarão de carros novos
em dois meses. Por R$ 2,394 milhões, a Assembléia vai comprar
94 Volkswagem Bora. O modelo
custa R$ 47.374 em concessionárias. A compra foi decidida ontem
pela Comissão de Licitação.
Segundo Feldman, a Fiat ficou
em segundo lugar na concorrência, com o Marea: "Cada Bora vai
sair para a Assembléia por R$ 38
mil. O Marea sairia por R$ 40
mil". Segundo ele, a GM não aceitou a entrega da frota atual (Vectra, da GM, com quatro anos de
uso) como parte do pagamento.
Com a entrega dos usados, o
preço de cada carro novo sai por
R$ 25 mil, disse Feldman: "É tradição, na Assembléia, trocar a frota a cada quatro anos. Os carros
têm em média 250 mil quilômetros e vivem com defeito". Nesse
caso, não há divergência entre governo e oposição. "Os atuais não
são carros adequados e seguros",
disse o petista Carlinhos Almeida.
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