São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002 |
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PAINEL Aquecimento Antes de falar com FHC, Lula reuniu-se sigilosamente com cerca de 40 empresários, economistas e sindicalistas para discutir o acordo com o FMI e mostrar a carta que levaria ao presidente no dia seguinte. O encontro foi na manhã do domingo em um hotel de São Paulo. Pé no mercado A maioria dos convidados de Lula tende a apoiá-lo num eventual segundo turno contra Ciro Gomes. Entre os presentes estavam Raymundo Magliano Filho (presidente da Bovespa), Miguel Jorge (Santander) e representantes de dez setores da economia, incluindo bancos. Porta-voz A reunião foi convocada para que Lula ouvisse sugestões para o encontro de segunda com FHC. O petista acolheu duas idéias dos empresários e as incluiu na carta levada ao presidente: o aumento do prazo do seguro-desemprego e o controle de preços de alimentos básicos. Questão de prioridade Lula fez questão de elogiar Marta Suplicy ontem, em comício às 13h30. Disse que a prefeita "parece que está em campanha toda hora". E completou: "E ainda sobra tempo para comprar um milhão de uniformes". Pedido franciscano Os comícios do PSDB-CE são encerrados com a prece de são Francisco, santo da devoção de Tasso Jereissati. No meio do silêncio, muita gente costuma agradecer pelo desempenho de José Serra nas pesquisas. Melô da tartaruga Tentando amenizar o fraco desempenho de de Serra nas pesquisas, o jingle do tucano no programa de rádio prega que "Devagar é que se vai longe". Atenção palaciana Serra reclamou a interlocutores de FHC ter recebido Lula reservadamente no Planalto. O tucano avalia que o presidente passou a impressão de que nem ele acredita mais em sua reação. Dia seguinte Ciro, que atendeu ao pedido de FHC para respaldar o acordo com o FMI, defende "a reforma" do Fundo, do Bird e da OMC. É o que consta do programa de governo do presidenciável. Depois, o mundo Ciro quer o Brasil trabalhando com os outros países "marginalizados, [como] a China, a Índia, a Rússia e a Indonésia", para "impedir" que FMI, Bird e OMC "sirvam de instrumentos para a imposição das políticas de desenvolvimento preferidas pelas potências dominantes". Versão 1.2 Na sua estréia no horário eleitoral, Ciro retocou informações da pré-campanha. Ontem, o narrador disse que o candidato "reduziu a mortalidade infantil" no CE. Antes, a frase era "reduziu a mortalidade infantil pela metade". A redução foi de 10%. Guerra comercial Ao defender em seu programa de TV que o estaleiro de Angra (RJ) faça a plataforma da Petrobras, só faltou a Lula dizer uma coisa: os controladores do estaleiro são adversários do grupo de Cingapura que venceu a concorrência. Ficaram em segundo, com preço US$ 5 mi mais alto. Coletânea Vito Gianotti lançou o livro "Força Sindical: A Central Neoliberal, de Medeiros a Paulinho", com denúncias publicadas nos jornais contra a Força. Sombra e água fresca Os refugiados do Afeganistão que vivem no RS enviaram carta à ONU e ao Ministério da Justiça exigindo aumento dos salários de R$ 520 que recebem, emprego, intérprete, curso de português, TVs e ar-condicionado em seus apartamentos. Saudades de casa Os afegãos se dizem deprimidos e ameaçam cometer suicídio: "Se o Brasil acha difícil atender aos pedidos, solicitamos que nos mandem para um país que possa". Um procurador da República convocou o Ministério da Justiça para uma audiência. TIROTEIO De Walter Pinheiro (PT), sobre a aliança de Ciro com ACM: - É mais fácil para o Lula enfrentar o Ciro no segundo turno. Uma aliança do Ciróquio com o fraudador do painel não tem como vencer a eleição. CONTRAPONTO Proximidade crítica
O candidato a vice-presidente
na chapa de Lula, o senador José
Alencar (PL-MG), participou de
um almoço com a comunidade
islâmica, na semana passada,
em São Paulo. |
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