São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Garotinho diz que Lula "mudou de lado" e fala em banqueiros pró-petista

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato à Presidência Anthony Garotinho (PSB) afirmou ontem que seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "mudou de lado" e insinuou que o petista é o candidato preferido dos bancos e do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Vi agora há pouco [ontem à tarde], na internet, os banqueiros dizendo que podem votar no Lula já no primeiro turno. Depois, vejo o Fernando Henrique chamá-lo para uma conversa ao pé do ouvido, sem assessores, reservadamente. Fica no ar a impressão de que o Lula não é mais aquele, mudou de lado", disse, pouco antes de gravar para o horário eleitoral.
Na semana passada, Garotinho havia dito que votaria em Lula se não fosse para o segundo turno.
O candidato do PSB ironizou a propaganda eleitoral de TV de seus adversários que foi ao ar ontem à tarde. Cobrou "crédito" ao candidato petista, que usou o espaço da televisão para falar da indústria naval brasileira.
"Eu fiquei satisfeito com a propaganda do meu governo que o Lula fez. Afinal, o estaleiro Verolme, durante os 12 anos que o PT administrou Angra dos Reis [sul fluminense], ficou fechado. Só abriu durante a minha gestão."
O candidato cobrou coerência de Ciro Gomes (PPS) pelo fato de exibir, no mesmo programa, imagens de "figuras tão opostas" como o ex-senador Antônio Carlos Magalhães e o ex-governador Leonel Brizola, inimigos históricos que apóiam Ciro.
Do presidenciável tucano, José Serra, Garotinho pediu esclarecimentos sobre os recursos usados no programa de televisão.
O candidato disse que o PSB convocará os eleitores para que assinem plebiscito contra a Alca.



Texto Anterior: Serra promete finalizar ferrovia iniciada durante o governo Sarney
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.