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CANDIDATOS NA FOLHA
Candidato critica privatização de estradas de SP e pedágios
Em sabatina, Cabrera diz que vai à Justiça contra concessionárias
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PTB ao governo
de São Paulo, Antonio Cabrera
Mano, 42, afirmou que, se eleito,
contestará judicialmente os contratos das concessionárias de rodovias estaduais firmados na gestão de Mário Covas/Geraldo
Alckmin (PSDB).
Ex-ministro da Agricultura de
Fernando Collor, Cabrera justificou sua permanência naquele governo em nome da governabilidade e dissociou Ciro Gomes, candidato do PPS ao qual apóia, do ex-presidente. Cabrera abriu a versão estadual da série "Candidatos
na Folha", no Teatro Folha, em
Higienópolis, zona central de São
Paulo, falando para 60 pessoas.
Foi entrevistado pelo secretário
de Redação da Folha, Fernando
Canzian, pelo editor de Cotidiano, Nilson de Oliveira, pelo editor
do Painel, Rogério Gentile e pelo
secretário de Redação da Folha
Online, Vaguinaldo Marinheiro,
além de leitores convidados.
Cabrera afirmou que as concessões das rodovias a empresas privadas são o "filé mignon" do sistema de transportes estadual.
"Vou levar todo e qualquer contrato com esses concessionários à
Justiça, além de usar a força política do governador para rediscutir
esses acordos. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 171% na média nos pedágios paulistas. O IGP-M [índice de inflação da Fundação Getúlio Vargas] foi de 51%.
Não justifica esse aumento abusivo", afirmou o candidato.
Cabrera explicou por que permaneceu como ministro de Collor, mesmo após as acusações de
corrupção no governo. "Não posso ser leviano em relação ao Collor. Quando eu era ministro da
Agricultura, nunca recebi nenhum pedido do presidente para
atender este ou aquele empresário, este ou aquele empreiteiro."
Cabrera afirmou não ver "similitudes" entre Ciro e Collor.
"Acho que há muita diferença entre os dois, principalmente no que
se refere ao comportamento. O
Collor era muito mais impetuoso,
muito mais intempestivo e muito
mais arrojado do que o Ciro."
O petebista negou que seja candidato apenas para dar espaço na
televisão para Ciro Gomes. "É a
mim que interessa aparecer com
ele, no atual estágio da campanha", disse. Para o petebista,
Alckmin tenta esconder que
apóia José Serra (PSDB) e Paulo
Maluf (PPB) pode prejudicar o
Estado por não ter um candidato
a presidente.
Cabrera defendeu que a iniciativa privada participe da construção de presídios estaduais. "É
possível explorar o trabalho dos
presos e obter retorno, lucro".
Ele propôs um piso de R$ 1.300
a R$ 1.500 para a polícia, mas não
especificou os recursos. "Podemos taxar produtos maléficos à
saúde, como cigarro e bebida."
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