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LICITAÇÃO
Software barato é beneficiado
Governo muda regra que favorece Microsoft
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal mudou as regras da licitação para a compra de
softwares (programas de computador). Nos últimos anos, os editais acabavam favorecendo a multinacional Microsoft. Agora, as
concorrências vão abrir mais espaço para os chamados softwares
livres, que são mais baratos.
Nos programas classificados como livres, o usuário tem acesso a
seu código-fonte (espécie de
DNA). Alterados seus códigos, os
softwares podem ser usados por
mais de um consumidor sem que
isso seja considerado pirataria.
Linux
A polêmica Microsoft x Linux
(principal programa livre) já migrou da Esplanada dos Ministérios para o TCU (Tribunal de
Contas da União).
Na semana passada, o relator da
matéria, ministro Augusto Sherman, deu um parecer, que ainda
não foi julgado, contrário à forma
pela qual o governo vinha fazendo seus editais. Ele sugeriu que as
concorrências dêem mais espaço
aos softwares livres.
O ministro Roberto Amaral
(Ciência e Tecnologia) afirmou
que o país gasta US$ 1 bilhão por
ano com a Microsoft. No primeiro semestre deste ano, a pasta economizou R$ 6 milhões ao adotar
softwares livres em videoconferências e na instalação de programas em computadores manuais.
Apesar das vantagens dos livres,
o governo deverá abrir uma exceção em favor da empresa do americano Bill Gates. Já está certo que,
se o Ministério da Educação comprar 10 mil computadores em outubro, as máquinas terão de ser
equipadas com Windows (Microsoft) e compatíveis com Linux. A
justificativa é que os alunos têm
de aprender em um programa
que é líder absoluto de mercado.
Nos dias 25 e 26, começa o planejamento para a implantação
gradual dos softwares livres na
Esplanada dos Ministérios.
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