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Estratégia do Planalto ajuda PT a reduzir gastos com viagens de campanha de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para diminuir os gastos do
PT com a campanha à reeleição
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o Palácio do Planalto
passou a agendar eventos oficiais nas mesmas cidades em
que o petista tem compromissos como candidato. O uso da
estratégia faz com que despesas
com o combustível da aeronave
presidencial sejam pagas pela
União, e não pelo partido.
Um exemplo disso acontece
hoje. À noite, na condição de
candidato à reeleição, Lula participa de jantar na casa do ministro Gilberto Gil (Cultura),
no Rio de Janeiro. Antes disso,
também no Rio, marcará presença, como presidente, em um
congresso mundial de saúde.
Dessa forma, todos os custos
do traslado de ida e volta do petista entre Brasília e o Rio de
Janeiro serão pagos pelo Planalto. A legislação eleitoral autoriza o uso de aeronave oficial,
mas diz que gastos de viagem
(combustível, transporte terrestre e hospedagem) serão pagos pelo comitê do candidato.
Nos últimos dias, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, tem
reclamado do alto custo dessas
viagens. Em prestação de contas entregue no início do mês
ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), o comitê de Lula
afirmou ter gasto R$ 206,3 mil
com transporte ou deslocamento -sendo R$ 156 mil no
ressarcimento à Presidência.
A estratégia do Planalto tem
sido aguardar a definição da
agenda petista para, em seguida, encaixar algum evento oficial no próprio município.
Na semana passada, por
exemplo, a Presidência modificou a rota de Lula ao Sul do país
para adequar a agenda oficial a
um comício em Criciúma (SC).
O PT também consegue poupar quando a agenda oficial é
em cidade próxima à de campanha. Em 11 de agosto, como presidente, Lula teve evento em
São Paulo, de onde seguiu ao
Rio de Janeiro para comícios.
Neste caso, a União bancou o
trajeto Brasília-São Paulo, enquanto o PT arcou com São
Paulo-Rio de Janeiro-Brasília.
(EDUARDO SCOLESE)
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