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Jornalistas negam ter sofrido pressão de vice-governador para não publicar notícia
outro lado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Os assessores do vice-governador do Amazonas Omar Aziz
(PMN) disseram que ele estava
cumprindo agenda de trabalho
na sexta-feira, quando foi procurado pela Folha, mas que ele
responderia à reportagem, o
que não aconteceu.
O deputado Eron Bezerra
(PC do B) afirmou que, à época
da aprovação da emenda de
aposentadoria, recebeu uma ligação do vice-governador. "O
Omar me ligou, de fato, pedindo apoio formal. Eu disse que
não queria saber disso e o máximo que faria era votar contra,
que eu acho que votei."
O superintendente do jornal
"A Crítica", João Bosco Bezerra de Araújo, disse que não
lembrava de ter conversado
por telefone com Aziz sobre a
não-divulgação de matérias.
"Se o Omar Aziz me pediu isso,
e eu não estou lembrado, posso
lhe assegurar que a orientação
que eu tenho como funcionário
é que nós não cederemos jamais quando tivermos um fato
jornalístico na mão."
O ex-governador Amazonino
Mendes (PFL), conselheiro do
jornal "Correio Amazonense",
disse que não soube de pressões de Aziz para tirar do noticiário a aprovação da emenda.
Francisco Cirilo Anunciação
Neto, vice-presidente do "Diário do Amazonas", disse que
não houve prejuízo da liberdade de imprensa.
"Não considero que, neste
caso, houve cerceamento da liberdade de imprensa. Tomo
decisões, diariamente, como
faz todo proprietário de veículo
de comunicação em qualquer
lugar do mundo", afirmou
Anunciação, por e-mail. "Deixar de publicar um assunto já
explorado por outros veículos
de comunicação não significou
que houve um atentado à liberdade de imprensa."
O presidente da Assembléia
Legislativa, Berlamino Lins
(PMDB), segundo sua assessoria, encontrava-se ontem viajando e não foi localizado.
Também não foram localizados os deputados estaduais
Francisco Balieiro (PMDB) e
Lino Chíxaro (PPS).
O empresário Samuel Hanan
(PSDB), ex-vice-governador do
Amazonas, não foi localizado
no escritório em São Paulo, onde trabalha atualmente.
(KB)
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