São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006

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Alckmin fará ataque a Lula no programa de TV

CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova crise envolvendo o governo Lula reativou no comando da campanha do tucano Geraldo Alckmin a pressão para que o candidato da oposição eleve ainda mais o tom dos ataques ao presidente e ao PT, a exemplo do que ocorria no início do horário eleitoral da TV.
Integrantes da cúpula do PSDB avaliavam ontem que os programas de TV de Alckmin na terça-feira erraram porque não priorizaram os ataques a Lula. Ao invés de partirem para a ofensiva, repetiram um tema no qual o tucano está sempre na defensiva: a questão da segurança pública em São Paulo.
Como conseqüência, os programas de hoje deverão ter um tom mais enfático, com o próprio candidato vocalizando as críticas ao presidente Lula. Na terça, o assunto foi abordado pelo apresentador e só no final do tempo destinado ao tucano.
Uma mudança na postura do candidato também seria necessária para mobilizar a militância e os simpatizantes do PSDB na reta final da campanha.
Conforme publicou o "Painel", o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), ligou anteontem para o marqueteiro da campanha, Luiz Gonzalez, e pediu que os programas na TV tratassem da crise. O desafio do marqueteiro é abordar o assunto de forma didática e sem transformar Lula em vítima, como pretende o PT.
Na terça-feira à noite, o programa de Lula foi rápido e apresentou uma "vacina" contra as críticas. O resultado foi que os dois candidatos formularam a mesma questão sobre a crise: a quem ela interessa? Uma das estratégias colocadas é que a campanha de Alckmin deve ser clara ao responder a questão, afirmando que Lula e os petistas têm medo do segundo turno e por isso "fazem jogo baixo".


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