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Alckmin fará ataque a Lula no programa de TV
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova crise envolvendo o
governo Lula reativou no comando da campanha do tucano
Geraldo Alckmin a pressão para que o candidato da oposição
eleve ainda mais o tom dos ataques ao presidente e ao PT, a
exemplo do que ocorria no início do horário eleitoral da TV.
Integrantes da cúpula do
PSDB avaliavam ontem que os
programas de TV de Alckmin
na terça-feira erraram porque
não priorizaram os ataques a
Lula. Ao invés de partirem para
a ofensiva, repetiram um tema
no qual o tucano está sempre
na defensiva: a questão da segurança pública em São Paulo.
Como conseqüência, os programas de hoje deverão ter um
tom mais enfático, com o próprio candidato vocalizando as
críticas ao presidente Lula. Na
terça, o assunto foi abordado
pelo apresentador e só no final
do tempo destinado ao tucano.
Uma mudança na postura do
candidato também seria necessária para mobilizar a militância e os simpatizantes do PSDB
na reta final da campanha.
Conforme publicou o "Painel", o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), ligou anteontem para o marqueteiro da campanha, Luiz Gonzalez, e pediu que os programas
na TV tratassem da crise. O desafio do marqueteiro é abordar
o assunto de forma didática e
sem transformar Lula em vítima, como pretende o PT.
Na terça-feira à noite, o programa de Lula foi rápido e apresentou uma "vacina" contra as
críticas. O resultado foi que os
dois candidatos formularam a
mesma questão sobre a crise: a
quem ela interessa? Uma das
estratégias colocadas é que a
campanha de Alckmin deve ser
clara ao responder a questão,
afirmando que Lula e os petistas têm medo do segundo turno
e por isso "fazem jogo baixo".
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