São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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54% querem fim da CPMF; governo é aprovado por 48%, diz pesquisa

Números do Ibope indicam que popularidade de Lula variou na margem de erro

RENATA GIRALDI
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, em Brasília, mostra que 54% dos entrevistados são favoráveis à extinção da CPMF, contrariando a recente decisão dos deputados federais que aprovaram, em primeiro turno, a manutenção da contribuição. Apenas 5% disseram ser favoráveis à prorrogação.
Ao todo, 2.002 pessoas foram ouvidas, em 142 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 13 e 18 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), disse que, apesar de pertencer à base aliada, foi "um dos 117 votos contra" a prorrogação da CPMF. Ele afirmou que o governo terá dificuldades em aprovar a prorrogação no Senado. "O clima no Senado é tenso. O governo não tem escolha, terá de levar [o assunto] para lá. Não será fácil".
Mas 12% dos entrevistados aceitariam a renovação da CPMF, mas com um percentual inferior à alíquota de 0,38%. Outros 12% são favoráveis à extinção da contribuição ao longo dos anos, com gradativa diminuição do percentual.
A popularidade do governo Lula variou dentro da margem de erro: 48% consideram ótimo ou bom, 2 pontos percentuais a menos que sua última edição, em junho deste ano. A mesma variação ocorreu entre os que consideram o governo ruim ou péssimo, passando de 16% para 18%. Outros 32% disseram considerar o governo regular.
Segundo a pesquisa, a popularidade do governo é mantida elevada principalmente entre os que têm salários mais baixos. A redução de sua popularidade caiu entre os homens, que vivem na região Sudeste e que estão na faixa de 40 e 49 anos.
Outro número: 60% dos entrevistados dizem confiar no presidente Lula, enquanto 37% dizem não confiar. Comparado com a pesquisa anterior, os índices também ficaram dentro da margem de erro.
Ao contrário do esforço da base governista e do Palácio do Planalto, os entrevistados da pesquisa associam a crise envolvendo Renan Calheiros ao noticiário relativo ao governo federal.
Espontaneamente, 34% citaram a crise protagonizada por Calheiros, quando questionados sobre notícias mais lembradas sobre o governo do presidente Lula.


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