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54% querem fim da CPMF; governo é aprovado por 48%, diz pesquisa
Números do Ibope indicam que popularidade de Lula variou na margem de erro
RENATA GIRALDI
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, em Brasília, mostra
que 54% dos entrevistados são
favoráveis à extinção da CPMF,
contrariando a recente decisão
dos deputados federais que
aprovaram, em primeiro turno,
a manutenção da contribuição.
Apenas 5% disseram ser favoráveis à prorrogação.
Ao todo, 2.002 pessoas foram
ouvidas, em 142 municípios de
todas as regiões do país, entre
os dias 13 e 18 de setembro. A
margem de erro é de dois pontos percentuais.
O presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), deputado Armando
Monteiro (PTB-PE), disse que,
apesar de pertencer à base aliada, foi "um dos 117 votos contra" a prorrogação da CPMF.
Ele afirmou que o governo terá
dificuldades em aprovar a prorrogação no Senado. "O clima no
Senado é tenso. O governo não
tem escolha, terá de levar [o assunto] para lá. Não será fácil".
Mas 12% dos entrevistados
aceitariam a renovação da
CPMF, mas com um percentual inferior à alíquota de
0,38%. Outros 12% são favoráveis à extinção da contribuição
ao longo dos anos, com gradativa diminuição do percentual.
A popularidade do governo
Lula variou dentro da margem
de erro: 48% consideram ótimo
ou bom, 2 pontos percentuais a
menos que sua última edição,
em junho deste ano. A mesma
variação ocorreu entre os que
consideram o governo ruim ou
péssimo, passando de 16% para
18%. Outros 32% disseram considerar o governo regular.
Segundo a pesquisa, a popularidade do governo é mantida
elevada principalmente entre
os que têm salários mais baixos.
A redução de sua popularidade
caiu entre os homens, que vivem na região Sudeste e que estão na faixa de 40 e 49 anos.
Outro número: 60% dos entrevistados dizem confiar no
presidente Lula, enquanto 37%
dizem não confiar. Comparado
com a pesquisa anterior, os índices também ficaram dentro
da margem de erro.
Ao contrário do esforço da
base governista e do Palácio do
Planalto, os entrevistados da
pesquisa associam a crise envolvendo Renan Calheiros ao
noticiário relativo ao governo
federal.
Espontaneamente, 34% citaram a crise protagonizada por
Calheiros, quando questionados sobre notícias mais lembradas sobre o governo do presidente Lula.
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