São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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Alckmin desacelera em críticas a Kassab

Após defesa do governador Serra ao prefeito democrata, candidato tucano procura minimizar episódio

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato tucano a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin, tentou ontem esfriar a temperatura após a mais recente troca de farpas com o democrata Gilberto Kassab e o governador do Estado, José Serra (PSDB), mas não retrocedeu nas afirmações feitas por ele mesmo na véspera.
Anteontem, Alckmin afirmou que a indicação de Kassab para vice de Serra a prefeito em 2004 fora produto de um "golpe", assim como a derrota de seu então candidato, Edson Aparecido, na disputa pelo comando da Assembléia paulista em 2005 -perdeu para Rodrigo Garcia (DEM).
"Queria pôr um ponto final nessa questão. É só pesquisar os jornais da época nesses dois episódios. O importante é que a população já começou a fazer a comparação, ver quem é quem nesse processo eleitoral", disse Alckmin, durante evento de campanha na zona norte.
As declarações do candidato tucano provocaram a reação de Serra. Por meio de sua assessoria, o governador divulgou uma nota em defesa de Kassab, a quem chamou de "leal e solidário". Questionado a respeito do texto, Alckmin disse entender que ele não significa uma declaração de apoio do governador a Kassab. "Eu não interpreto dessa forma e, para mim, este assunto está encerrado."
Hoje devem sair do ar as inserções tucanas que vinculam diretamente Kassab ao malufismo e ao ex-prefeito Celso Pitta e que tanto desagradaram os democratas e Serra.
Ainda na noite de anteontem, o líder da bancada tucana na Câmara dos Deputados, José Aníbal (PSDB-SP), um dos colaboradores de Alckmin, encontrou-se com Serra para tentar contornar a crise. Segundo Aníbal, o governador se mostrou "sereno" em relação ao esposório envolvendo Kassab.
O prefeito também evitou comentar a ofensiva de Alckmin. "Não vou pautar minha campanha comentando a dos outros" disse o candidato, ontem.
Seus secretários lembraram a ligação de Kassab com Serra. Alexandre Schneider (Educação) leu um trecho da nota de Serra: "Kassab foi um vice leal e solidário. E, à frente da prefeitura, seguiu à risca nosso programa de governo".
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
Colaborou a Folha Online



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