DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que a empresa Cableinvest é assunto "vencido", citando decisão do STF. Antes de interromper entrevista concedida no último dia 9, o senador disse que enviaria um e-mail com a decisão do tribunal, mas isso não havia ocorrido até o fechamento desta edição. O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus, Arthur Lavigne, foi procurado, por telefone, em seu escritório no Rio de Janeiro, mas não foi localizado.
O advogado Bruno Saccani, que defendeu os doleiros Flávio Lamas Marques e Valdir Dias Guimarães, disse que eles trocaram de advogado -a Folha não conseguiu localizar o novo. Segundo Saccani, até o momento não houve denúncia formal do Ministério Público contra seus ex-clientes. A seguir, trecho da entrevista concedida na quarta-feira por Crivella.

 

FOLHA - Senador, gostaria de ouvi-lo sobre a empresa Cableinvest, da qual o sr. foi...
CRIVELLA - Essa empresa Cableinvest foi uma denúncia apócrifa registrada em 1993, na Folha de S. Paulo, e que tramitou durante anos no processo no STF e foi arquivada. E a empresa, investigada, foi considerada inexistente.

FOLHA - O sr. chegou a declarar um empréstimo com a empresa, que depois foi transferido para o bispo Honorilton.
CRIVELLA - Não, não, você está equivocado. A tese da acusação é de que havia ofertas que eram trocadas em dólar, mandadas para fora, depositadas em ilhas de paraíso fiscal e depois repatriado na conta dos bispos para a compra de televisão. Isso foi vencido, isso não existe. Essa era a tese que tramitou e julgou.


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