São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2000

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Governo vê ação como eleitoreira

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O governo de Pernambuco classificou a greve dos policiais militares deflagrada anteontem como "oportunista e de nítida inspiração político-eleitoral".
A declaração foi feita em nota oficial publicada ontem nos jornais de Recife.
O líder da greve, porém, é um aliado de Magalhães. O soldado Moisés Filho concorreu, sem ganhar, ao cargo de vereador pelo PSDC, que apóia o prefeito que tenta a reeleição.
O documento informa também que o governo utilizaria "todos os meios" para garantir a ordem pública e que não toleraria que o Estado fosse "entregue aos que apostam no caos e na baderna".
A preocupação do Estado em relacionar a greve com oportunismo político ocorre no momento em que Magalhães tenta vincular seu adversário, João Paulo (PT), à baderna.
Dias antes da paralisação da PM, o PFL havia espalhado na cidade outdoors com a inscrição "PT e Arraes, greve na polícia nunca mais".
Os cartazes fazem referência à paralisação dos PMs ocorrida em 97 durante o governo de Miguel Arraes (PSB), hoje aliado do PT.
João Paulo considerou a atual greve "inoportuna", mas disse que a categoria deveria ter "suas razões" para tomar a decisão.
Os programas eleitorais de ontem não tocaram no assunto.
Moisés Filho nega qualquer vinculação política. Segundo ele, a decisão foi tomada em assembléia, "após seis meses de negociações sem sucesso". (FG)


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