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Governo vê ação como eleitoreira
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governo de Pernambuco
classificou a greve dos policiais
militares deflagrada anteontem
como "oportunista e de nítida
inspiração político-eleitoral".
A declaração foi feita em nota
oficial publicada ontem nos jornais de Recife.
O líder da greve, porém, é um
aliado de Magalhães. O soldado
Moisés Filho concorreu, sem ganhar, ao cargo de vereador pelo
PSDC, que apóia o prefeito que
tenta a reeleição.
O documento informa também
que o governo utilizaria "todos os
meios" para garantir a ordem pública e que não toleraria que o Estado fosse "entregue aos que
apostam no caos e na baderna".
A preocupação do Estado em
relacionar a greve com oportunismo político ocorre no momento
em que Magalhães tenta vincular
seu adversário, João Paulo (PT), à
baderna.
Dias antes da paralisação da
PM, o PFL havia espalhado na cidade outdoors com a inscrição
"PT e Arraes, greve na polícia
nunca mais".
Os cartazes fazem referência à
paralisação dos PMs ocorrida em
97 durante o governo de Miguel
Arraes (PSB), hoje aliado do PT.
João Paulo considerou a atual
greve "inoportuna", mas disse
que a categoria deveria ter "suas
razões" para tomar a decisão.
Os programas eleitorais de ontem não tocaram no assunto.
Moisés Filho nega qualquer vinculação política. Segundo ele, a
decisão foi tomada em assembléia, "após seis meses de negociações sem sucesso".
(FG)
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