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RUMO A 2002
Governador do Rio tenta tornar-se nome conhecido nacionalmente
Garotinho apóia candidatos no NE
DA SUCURSAL DO RIO
O governador Anthony Garotinho (PDT), nacionalizando seu
nome, vai deixar as fronteiras do
Estado para fazer, no segundo
turno, campanha para políticos
de partidos de esquerda fora do
Rio de Janeiro.
Ele já acertou o apoio às candidaturas de Kátia Born (PSB) em
Maceió e de Inácio Arruda (PC do
B) em Fortaleza. Ele grava programas de TV para os dois candidatos e participa de comícios hoje.
Garotinho também se disse animado com a pesquisa Datafolha
de intenção de voto para a Presidência publicada no início desta
semana pela Folha.
O governador do Rio oscilou
entre 7% e 8%, dependendo das
quatro situações propostas.
Garotinho se declara surpreso
com o número. "Há um ano eu tinha quatro pontos", disse ele,
que, oficialmente, nega que pretenda disputar a Presidência.
"Para quem não é candidato, é
uma maravilha", afirmou. "Há
tempo para todas as coisas. Agora
o tempo é de o Garotinho ser governador", disse.
Presidência
Seus assessores mais próximos,
contudo, continuam a usar publicamente o nome do governador
como presidenciável em 2002.
A Folha apurou que Garotinho
se considera imbatível caso o quadro político-econômico se mantenha estável e os concorrentes sejam os mesmos. "Eu levo mole",
costuma dizer.
Há o problema da legenda. Até
pouco tempo, seu projeto político
era sair candidato por uma aliança que reunisse PDT, PSB e PC do
B. São do PSB e do PC do B os candidatos que, até agora, o governador do Rio resolveu apoiar no segundo turno.
Hoje, entretanto, Garotinho reconhece que essa aliança é um sonho inviável. Provável perdedor
na queda-de-braço com Leonel
Brizola pelo controle do PDT, Garotinho teria de estruturar seu
grupo em um outro partido, arranjar tempo de TV e enfrentar
outros problemas do mesmo tipo.
E caso vença a queda-de-braço,
ele avalia que o PDT teria se transformado em "uma Bósnia".
PSB
Um partido já foi escolhido como abrigo, o PSB. No último sábado, pela primeira vez, Garotinho conversou pelo telefone com
o presidente do PSB, o ex-governador Miguel Arraes, sobre o assunto. Apenas para dizer que só
trataria do ingresso em um partido quando se esgotassem todas as
possibilidades de permanência
no PDT.
Enquanto isso, Garotinho vai
gastar seu tempo apoiando candidatos de esquerda. Antes disso,
ele havia ido somente a Rondônia, para fazer campanha para
dois pedetistas.
Segundo afirmou, Garotinho
está indo ao Nordeste a pedido
dos candidatos -nessa região ele
tem 3% das intenções de voto para a Presidência.
O governador disse que está
aberto a outros apoios, desde que
seja candidato. "Só posso ir aonde
eu sou convidado", afirmou.
(LUIZ ANTÔNIO RYFF)
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