São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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Tucano não comenta pesquisa do Datafolha

FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, não quis comentar ontem, durante comício realizado ontem à noite em Osasco (SP), o resultado da pesquisa do Datafolha realizada na última sexta-feira, que apontou o crescimento de três pontos percentuais de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (de 58% para 61%).
No showmício promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, Serra evitou fazer críticas ao PT e a Lula.
O tucano preferiu dar ênfase à importância da mulher na sociedade. "Estava na hora de as mulheres do Brasil chegarem à cúpula do poder público. Nunca uma mulher foi eleita vice-presidente", referindo-se à deputada federal Rita Camata (PMDB-ES), candidata a vice em sua chapa.
O presidente nacional do PSDB, deputado federal José Aníbal (SP), que compareceu ao comício de Alckmin e Serra, colocou em dúvida os números apurados pelo Datafolha em relação à sucessão presidencial. "A nossa expectativa é de que os números reais hoje sejam diferentes desses [do Datafolha". Temos nosso tracking diário e sensibilidade política para ver que a campanha cresceu. Nossa avaliação é que o quadro real hoje seja diferente daquele da pesquisa", declarou o deputado.
Questionado se considerava a possibilidade de erro na pesquisa, Aníbal disse: "Erro de pesquisa há. Na campanha para o Senado, me davam metade das intenções de voto do Quércia. Eu tive 5 milhões e o Quércia teve 5,5 milhões". Quércia ficou em terceiro lugar na eleição para o Senado por São Paulo, com 5.550.803 votos (15,8%), enquanto Aníbal, quarto colocado, teve 4.957.173 (14,1%).
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer, também presente ao comício, disse que espera um crescimento de Serra na próxima pesquisa: "Estou esperando uma diferença para quarta ou quinta-feira. Essa, sim, será uma pesquisa mais conclusiva. A de hoje [do Datafolha" é indicativa". Segundo Temer, o tracking da campanha tucana indica uma diferença de apenas 11 pontos percentuais: "Há eleições que se ganham na última semana".


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