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Tucano não comenta pesquisa do Datafolha
FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, não quis comentar ontem, durante comício
realizado ontem à noite em Osasco (SP), o resultado da pesquisa
do Datafolha realizada na última
sexta-feira, que apontou o crescimento de três pontos percentuais
de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (de 58% para 61%).
No showmício promovido pelo
governador Geraldo Alckmin
(PSDB), que reuniu cerca de 30
mil pessoas, segundo estimativa
da Polícia Militar, Serra evitou fazer críticas ao PT e a Lula.
O tucano preferiu dar ênfase à
importância da mulher na sociedade. "Estava na hora de as mulheres do Brasil chegarem à cúpula do poder público. Nunca uma
mulher foi eleita vice-presidente",
referindo-se à deputada federal
Rita Camata (PMDB-ES), candidata a vice em sua chapa.
O presidente nacional do PSDB,
deputado federal José Aníbal
(SP), que compareceu ao comício
de Alckmin e Serra, colocou em
dúvida os números apurados pelo
Datafolha em relação à sucessão
presidencial. "A nossa expectativa
é de que os números reais hoje sejam diferentes desses [do Datafolha". Temos nosso tracking diário
e sensibilidade política para ver
que a campanha cresceu. Nossa
avaliação é que o quadro real hoje
seja diferente daquele da pesquisa", declarou o deputado.
Questionado se considerava a
possibilidade de erro na pesquisa,
Aníbal disse: "Erro de pesquisa
há. Na campanha para o Senado,
me davam metade das intenções
de voto do Quércia. Eu tive 5 milhões e o Quércia teve 5,5 milhões". Quércia ficou em terceiro
lugar na eleição para o Senado por
São Paulo, com 5.550.803 votos
(15,8%), enquanto Aníbal, quarto
colocado, teve 4.957.173 (14,1%).
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer, também
presente ao comício, disse que espera um crescimento de Serra na
próxima pesquisa: "Estou esperando uma diferença para quarta
ou quinta-feira. Essa, sim, será
uma pesquisa mais conclusiva. A
de hoje [do Datafolha" é indicativa". Segundo Temer, o tracking
da campanha tucana indica uma
diferença de apenas 11 pontos
percentuais: "Há eleições que se
ganham na última semana".
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