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SÃO PAULO
Ministro da Saúde e prefeito interino de SP são atingidos pelo ataque em inauguração na cidade; primeira-dama é protegida
Ovos atingem palanque durante discurso de Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito interino de São Paulo, Hélio Bicudo (PT), e o ministro
Humberto Costa (Saúde) foram
atingidos ontem por ovos lançados por um desconhecido contra
o palanque em que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva discursava na inauguração de um centro
odontológico do governo federal,
em Campo Limpo (zona sul).
Os ovos não foram atirados na
direção de Lula. O primeiro atingiu Bicudo na perna. O segundo,
o braço direito de Costa. A primeira-dama, Marisa Letícia, que
estava entre o prefeito e o ministro, assustou-se com o primeiro
ataque. Quando o segundo ovo
foi jogado, um segurança afastou
a primeira-dama, protegendo-a.
Segundo integrante da comitiva
presidencial, o autor do ataque estava bêbado e foi afastado do palanque por pessoas que estavam
perto dele. A assessoria do Planalto afirmou que ele não foi detido.
Costa disse que não considerou
o incidente um ato "ostensivo" de
contrariedade com o governo Lula. "Algum gaiato jogou dois, três
ovos. Um me atingiu, mas nem
estourou, caiu no chão", contou.
O ministro também não vê relação do ocorrido com a disputa entre Marta Suplicy (PT) e José Serra
(PSDB) pela Prefeitura de São
Paulo. "Não sei se tinha alguém lá
que não fosse com nossa cara."
Costa admitiu que se assustou
quando viu algo atirado na sua direção, mas que achou, em princípio, que fosse algum objeto para o
presidente, porque o público estava jogando bilhetes para Lula.
Já o secretário municipal de Governo, Jilmar Tatto, que estava no
palanque, disse que os ovos foram
atirados por "um tucano". "É um
absurdo, estão agredindo até o
presidente." Tatto acredita que o
alvo da ação era a primeira-dama.
"O evento era um ato de governo,
não uma ação de campanha. Não
havia razão para ocorrer isso."
À noite, a Presidência ainda negava que qualquer integrante da
comitiva tivesse sido atingido e
descartava motivação política.
O acesso ao evento foi organizado pela Polícia Militar e pelo cerimonial da Presidência. Os moradores da área foram convocados a
prestigiar. Na entrada, as pessoas
passavam pelo detector de metal.
Depois, ganhavam broche com a
letra "c", de cerimonial. Alguns
dos presentes portavam bandeiras da campanha de Marta.
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