DA REDAÇÃO

O que já era ensaiado, ficou explícito. A disputa eleitoral na TV virou jogo para tentar colar, no adversário, a "herança maldita" Celso Pitta/Paulo Maluf.
O PSDB apontou as ligações da campanha de Marta Suplicy com o malufismo. Mostrou os apoios do ex-prefeito e de Arnaldo Faria de Sá (PTB), que foi importante aliado de Pitta, ao PT.
Os petistas voltaram a exibir reportagem da Folha sobre aumento de patrimônio de Gilberto Kassab, secretário da gestão Pitta por um ano e três meses, e agora vice de José Serra (PSDB).
No rádio, foram mais longe. Apresentaram suposto discurso de Kassab onde ele chama Pitta de "grande administrador", sem informar a data das declarações.
O PT dedicou o resto do tempo na TV à mais uma aparição do senador Aloizio Mercadante, escalado para "desconstruir" o programa tucano. O potencial candidato petista ao governo do Estado em 2006 -exposto na TV desde segunda-feira- acusou Serra de fazer "apelo emocional".
O encerramento, porém, foi o emocionado discurso de Marta no final do debate da Band. "Vim de uma família muito rica", disse, com voz embargada.
Ontem, aliás, foi dia de relembrar a biografia dos candidatos. Marta à tarde -sem mencionar a separação do senador Eduardo Suplicy. Serra, à noite.
No programa tucano, o governador Geraldo Alckmin, em dia de Lula na cidade, pediu votos, de novo, para Serra. Ironicamente, o lema foi: "A união faz a força".

Fórmula 1 e punição
Por causa dos treinos de classificação do GP Brasil de Fórmula 1, não haverá programa político na TV na tarde do próximo sábado (13h às 13h20). Atendendo a pedido da Globo, mediado pela Justiça Eleitoral, os candidatos trocaram seus blocos de dez minutos, em todos os canais, por vídeos de cinco minutos cada um na líder de audiência, entre 11h50 e 12h15.
A ofensiva petista contra o Kassab sofreu derrota. A Justiça proibiu inserção que afirmava que Serra deixou cargos para disputar eleições. (FLÁVIA MARREIRO)


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