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PROGRAMAS DE GOVERNO
Propostas de Marta Suplicy (PT) e de José Serra (PSDB) dependem de parcerias com os governos estadual e federal para serem colocadas em prática
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os programas de governo dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT),
divergem em estilos, mas têm em comum a busca pela
parceria com seus padrinhos políticos, o governador
Geraldo Alckmin, do PSDB, no caso de Serra, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no caso de Marta.
O plano do tucano é marcado por ações mais pontuais, e o da petista, por grandes intervenções. Na saúde,
por exemplo, Serra quer priorizar a reforma das quase
400 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que, calcula, deve custar R$ 40 milhões. Num segundo momento, a intenção é construir minihospitais.
Marta, por sua vez, tem no CEU Saúde seu principal
projeto para a área. Ao custo de R$ 10 milhões cada um,
quer fazer 40 na cidade e, para tanto, já reservou recursos no orçamento do próximo ano.
A educação é outro assunto divergente entre os dois
candidatos. Marta afirma que construirá mais 24 CEUs,
seis dos quais já orçados para o próximo ano.
Serra afirma que fará os CEUs da Educação se houver
recursos, mas sua prioridade é arrumar vagas para 100
mil crianças, além de fazer convênios com associações
para creches.
Como os recursos orçamentários da prefeitura não
são suficientes para tudo e, ainda por cima, a dívida terá
de ser rediscutida até maio do próximo ano, os dois apelam pela ajuda dos padrinhos. Serra quer estabelecer
parcerias com o governo do Estado para ampliar o metrô, concluir o rodoanel, construir casas por meio do
CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional
e Urbano) e até mesmo para ações do dia-a-dia, como ligações de esgoto nas casas.
Marta já consignou no orçamento de 2005 recursos
da União para a construção dos CEU Saúde, da extensão
da Jacu-Pêssego e programa de drenagem, entre outros.
De acordo com a Secretaria Municipal das Finanças,
a participação do Estado no orçamento do ano que vem
é de R$ 32,8 milhões (transferências e convênios correntes). A participação da União atinge R$ 335,9 milhões
(transferências voluntárias e convênios).
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