São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2004

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Projeto de Marta ressalta ações de continuidade

DA REPORTAGEM LOCAL

O programa de governo da candidata Marta Suplicy (PT) preocupa-se em apresentar ao eleitor "mais do mesmo", isto é, continuação e ampliação dos projetos já desenvolvidos pela atual administração.
Não por acaso, a petista procura fixar na população a idéia de prosseguimento, abordando as propostas pelo nome de batismo do marketing petista.
Essa sugestão de continuidade, que o PT explora como positiva em suas propostas, serve também como crítica ao programa de José Serra (PSDB), a quem a petista acusa de não ter projeto para a cidade. "O tucano sempre fala, no máximo, em "continuar e ampliar" o que fizemos'", afirma Marta, por meio de sua assessoria de imprensa.
Na área da educação, por exemplo, Marta promete construir mais 24 CEUs e outros 200 telecentros, manter o Vai-e-Volta (transporte escolar), a distribuição de uniforme e material escolar e acabar com as escolas de lata.
Na saúde, principal alvo das críticas de Serra, a candidata afirma que irá implantar 40 CEU Saúde (policlínicas de especialidade), construir novos 35 postos, concluir os hospitais de Cidade Tiradentes e M'Boi Mirim, ampliar a rede de farmácias populares e garantir a marcação de consultas por telefone.
O objetivo da petista para a área de transporte, em um eventual segundo mandato, é concluir a extensão da Jacu-Pêssego, construir mais três Passa-Rápido (corredores exclusivos de ônibus) e ampliar o bilhete único para o metrô.
Como está no comando da prefeitura, Marta teve como prerrogativa a confecção do projeto de orçamento para o próximo ano. Nele, reservou recursos para suas idéias, muitas das quais prevendo liberação de verbas por parte da União. No total, há uma estimativa de R$ 335,9 milhões de transferências voluntárias mais convênios com o governo federal.
Quando questionada sobre os recursos para executar seu programa de governo, principalmente levando-se em conta que o próximo administrador terá de resolver o problema da dívida, a candidata responde, por meio da assessoria, que "os programas têm números e verba definida".
Na peça orçamentária encaminhada para a Câmara Municipal, Marta reservou R$ 95 milhões para a implantação de dez CEUs Saúde, R$ 6 milhões dos quais devem vir da União.
Para os hospitais M'Boi Mirim e Tiradentes, que os dois candidatos afirmam pretender concluir, há R$ 93 milhões, R$ 70 milhões dos quais provenientes de repasse do governo federal. Na área de educação, Marta reservou R$ 120 milhões para construir seis CEUs. O orçamento de 2005 prevê R$ 13,5 milhões para a construção de sete Unidades Básicas de Saúde (R$ 8,9 milhões da União), R$ 42,4 milhões para a Radial Leste (R$ 10 milhões do governo federal) e R$ 69,5 milhões para a Jacu-Pêssego (R$ 35 milhões da União). (CHICO DE GOIS)


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