São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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Problema foi ter recebido de forma legal, diz cassado

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O clima estava tenso na Câmara Municipal com a possibilidade de que 13 vereadores fossem afastados. Falava-se em paralisar o trabalho das comissões temáticas e suspender votações de projetos de interesse do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que estão na pauta.
Mas tudo voltou ao ritmo normal no início da tarde, com a notícia de que o juiz que condenou os vereadores havia concedido o efeito suspensivo da sentença para quatro deles.
Dos 13 cassados, somente 2 -os tucanos Adolfo Quintas e Ricardo Teixeira, licenciados- não compareceram à sessão de ontem.
Não houve nenhuma votação, mas foi feito um acordo de líderes para que hoje sejam votados projetos menos polêmicos do prefeito.
Em uma sessão que durou mais de duas horas, nenhum legislador discursou sobre o processo e apenas um dos cassados, o corregedor-geral da Câmara, Wadih Mutran (PP), concedeu entrevista.
Ele disse que o problema foi ter recebido legalmente a doação da AIB. "Eu recebi o dinheiro em cheque nominal, tudo direitinho. Não foi por trás do pano nem nada. Se fosse por trás do pano, eu não estava passando por esse problema."

Passos lentos
Os trabalhos na Câmara Municipal andavam a passos lentos desde a semana passada, quando a Folha revelou que a gestão Kassab estuda um aumento do IPTU para 2010.
O aumento do IPTU tem reflexo nos principais projetos com previsão de votação para este ano: Orçamento de 2010, Plano Plurianual e o novo Plano Diretor da cidade.
Enquanto Kassab não enviar o projeto do IPTU, devem ser votadas apenas matérias não polêmicas e que tenham acordo entre todas as bancadas.


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