São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 2005

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DOMINGO, NA PRAIA

Com militantes de PDT, PMN, PSC e PV, filha de Garotinho pede impeachment do presidente

Copacabana reúne estudantes antiLula

VALÉRIA FERNANDES CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Pelo menos 2.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de uma manifestação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na orla da zona sul do Rio ontem pela manhã.
A passeata teve a participação de militantes do PDT, do PMN, do PSC, do PV e de integrantes da "Juventude do PMDB", grupo de estudantes presidido por Clarissa Matheus, 23, filha do secretário de Governo e Coordenação do Estado, Anthony Garotinho, também pré-candidato à Presidência pelo partido.
Clarissa, organizadora do protesto batizado de "Fora, Lulla" (com ele duplo, imitando o símbolo da campanha de Fernando Collor), disse à Folha ter convocado 800 integrantes da juventude do partido para o ato.
A estudante Joyce Oliveira, 18, fazia parte do grupo. Moradora da Vila da Penha, há dois meses participa da Escola de Formação Política do PMDB do Rio e recebe R$ 300 como ajuda de custo para participar de palestras, eventos e panfletagens.
"O governo está ruim. Lula não deu nada ao povo. Torcemos por Garotinho", disse a estudante Ilana Silva, 22, também da Juventude do PMDB.
Com malas cheias de notas falsas, cuecas repletas de dinheiro, pizzas de papelão e isopor e até um caixão com a estrela do PT, os manifestantes, muitos com fantasias e máscaras, percorreram as pistas das praias de Copacabana e Ipanema cantando paródias das músicas de campanha do PT, como "Lula lá/Caixa dois não vale/Lula lá/Haja paciência/Lula lá/Eu te dei meu voto e agora eu quero seu impeachment já". Uma das que cantava empolgada era Elisângela Silva, 25, vestida de branco, que se apresentava como a "dona Corrupção", noiva de Lula.
Do alto do caminhão de som, Clarissa Matheus pedia o impeachment do presidente: "Estamos aqui para dizer: "Fora, Lula". O presidente persegue o nosso Estado, que lhe deu mais de 80% dos votos". Segundo ela, o PMDB não arcou com as despesas de transporte, classificando o fato como iniciativa de algum representante da legenda.


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