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DOMINGO, NA PRAIA
Com militantes de PDT, PMN, PSC e PV, filha de Garotinho pede impeachment do presidente
Copacabana reúne estudantes antiLula
VALÉRIA FERNANDES CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Pelo menos 2.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de uma manifestação
contra o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na orla da zona sul
do Rio ontem pela manhã.
A passeata teve a participação
de militantes do PDT, do PMN,
do PSC, do PV e de integrantes
da "Juventude do PMDB", grupo de estudantes presidido por
Clarissa Matheus, 23, filha do secretário de Governo e Coordenação do Estado, Anthony Garotinho, também pré-candidato
à Presidência pelo partido.
Clarissa, organizadora do protesto batizado de "Fora, Lulla"
(com ele duplo, imitando o símbolo da campanha de Fernando
Collor), disse à Folha ter convocado 800 integrantes da juventude do partido para o ato.
A estudante Joyce Oliveira, 18,
fazia parte do grupo. Moradora
da Vila da Penha, há dois meses
participa da Escola de Formação
Política do PMDB do Rio e recebe R$ 300 como ajuda de custo
para participar de palestras,
eventos e panfletagens.
"O governo está ruim. Lula
não deu nada ao povo. Torcemos por Garotinho", disse a estudante Ilana Silva, 22, também
da Juventude do PMDB.
Com malas cheias de notas falsas, cuecas repletas de dinheiro,
pizzas de papelão e isopor e até
um caixão com a estrela do PT,
os manifestantes, muitos com
fantasias e máscaras, percorreram as pistas das praias de Copacabana e Ipanema cantando
paródias das músicas de campanha do PT, como "Lula lá/Caixa
dois não vale/Lula lá/Haja paciência/Lula lá/Eu te dei meu voto e agora eu quero seu impeachment já". Uma das que cantava
empolgada era Elisângela Silva,
25, vestida de branco, que se
apresentava como a "dona Corrupção", noiva de Lula.
Do alto do caminhão de som,
Clarissa Matheus pedia o impeachment do presidente: "Estamos aqui para dizer: "Fora, Lula".
O presidente persegue o nosso
Estado, que lhe deu mais de 80%
dos votos". Segundo ela, o
PMDB não arcou com as despesas de transporte, classificando o
fato como iniciativa de algum representante da legenda.
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