|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRANSIÇÃO
Dilma Rousseff, que ocupará as Minas e Energia, estuda formas para desatrelar aumentos das variações cambiais
Ministra quer mudar reajuste da gasolina
DA REPORTAGEM LOCAL
A futura ministra de Minas e
Energia, Dilma Rousseff, afirmou
ontem que pretende analisar outras formas de reajuste do preço
da gasolina, que hoje acompanha
as variações cambiais.
"O preço hoje no mercado interno sofre impacto internacional. Estamos analisando isso",
disse a futura ministra. Dilma ressaltou, no entanto, que não há
certeza de que outro modelo será
adotado. Um dos processos em
estudo, segundo Dilma, contempla a utilização da Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico).
Secretária de Minas, Energia e
Comunicações do governo petista
de Olívio Dutra (RS), Dilma é
uma das principais técnicas do
partido e a segunda mulher a ser
anunciada como ministra -a
primeira foi a senadora pelo Acre,
Marina Silva (PT), que ocupará a
pasta do Meio Ambiente.
A futura ministra disse também
ser contra a privatização, ainda na
área de energia, de estatais que sejam federais. "[A privatização]
não está na nossa pauta", disse.
Integrante da equipe de transição para a área de infra-estrutura,
Dilma afirmou que as análises sobre a atual situação dos reservatórios brasileiros mostram que a capacidade é igual à de 1999. Afirmou também que o problema no Brasil é mais de "distribuição desigual" de energia, uma vez que há
excedente de em algumas regiões.
Economista, Dilma disse ainda
que a situação do Nordeste, entre
todas as outras, é a mais preocupante. Segundo ela, pode haver
complicações de energia nessa região já nos primeiros meses do
ano que vem. "Não é nada que levante muita preocupação, mas
deve haver um acompanhamento", disse a futura ministra.
Ao ser indagada sobre o MAE
(Mercado Atacadista de Energia),
a futura ministra criticou o modelo atual. "A volatilidade do MAE
não representa nem garante competitividade ao setor", disse.
Dilma defendeu a universalização dos serviços de energia elétrica e o aumento de investimentos no setor. A comentar a crise energética de 2001, afirmou que a
energia não pode ser um empecilho ao desenvolvimento econômico, mas sim um meio para o crescimento do país. "Ela é crucial
para a implementação de programas sociais, como o Fome Zero."
(JULIA DUAILIBI E PATRICIA ZORZAN)
Texto Anterior: Saúde: Costa já cuidou da pasta em Recife Próximo Texto: Frase Índice
|