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Aldo, agora, diz que errou sobre aumento de 91%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Dois dias depois de ter
mantido a defesa da decisão de aumentar em 91%
os salários dos congressistas, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), reconheceu ontem
que errou. "Eu não vejo
problema nenhum em reconhecer erros. O problema é quando se erra e se
persiste no erro. Se as Mesas da Câmara e do Senado
apresentaram uma proposta que tem de ser corrigida, eu não vejo problema
que haja correção."
A frase do presidente da
Câmara foi pronunciada
no final da manhã, quando
já ficava claro no Congresso que a proposta aprovada na semana passada, pela cúpula das duas Casas,
de elevar os vencimentos a
R$ 24,5 mil, não teria seguimento. "Eu vejo problema quando as pessoas
não aprendem com os erros, principalmente quem
têm a incumbência de representar o povo", afirmou o comunista.
A avaliação de que houve, no mínimo, um erro de
estratégia, também foi sinalizada na reunião de líderes partidários da Câmara, no início da tarde.
Segundo relato de deputados presentes, Aldo abriu
os debates dizendo que o
arcebispo de Brasília, dom
João Braz de Aviz, havia
acabado de fazer uma "admoestação" pública. Aldo
teria então ressaltado que
a Câmara é uma Casa sensível à sociedade, indicando que haveria um recuo.
Defesa
A deputada federal eleita Manuela D'Ávila (PC do
B), 25, a mais votada do
Rio Grande do Sul, defendeu ontem a atuação de
Aldo Rebelo, seu correligionário. De acordo com
Manuela, Aldo está sendo
vítima de ""linchamento"
por causa da discussão do
aumento salarial.
""Acho que houve um
linchamento descabido
sobre Aldo. Foi ele o responsabilizado", disse ela,
que considera "muito dinheiro" um possível salário de R$ 24,5 mil.
De acordo com Manuela, Aldo acatou uma decisão que foi tomada pela
Mesa da Câmara e pelas lideranças dos partidos, não
tendo o que fazer.
A deputada eleita elogia
seu companheiro de partido dizendo que ele tomou
algumas ""medidas moralizantes", como cortar mais
de mil cargos na Câmara.
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