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SÃO FRANCISCO
Entidades vão intensificar atos contra projeto
DA REPORTAGEM LOCAL
Os movimentos sociais
que se opõem ao projeto
de transposição do rio São Francisco deverão aumentar os protestos, com
a decisão do ministro Sepúlveda Pertence, do STF
(Supremo Tribunal Federal), de derrubar liminares
que suspendiam a obra de
interesse do governo Lula.
"É óbvio que a decisão
foi política", afirma Ruben
Siqueira, coordenador de
um dos projetos de mobilização popular na bacia do
São Francisco, na Bahia.
Ele diz que "o processo estava há mais de um ano no
STF, e Pertence é candidato a ministro da Justiça".
Pertence derrubou mais
de dez ações contrárias ao
projeto e liberou o Ibama
(Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)
para conceder a licença,
último pré-requisito para
iniciar a megaobra de mais
de R$ 4 bilhões.
"A disposição dos movimentos sociais e organizações populares de toda a
bacia é de partir para ações
mais contundentes", diz
Siqueira. Amanhã, haverá
reunião do Fórum Permanente de Defesa do São
Francisco, na Bahia, uma
das entidades que lutam
contra o projeto, ao lado
do grupo de resistência em
torno de dom Luiz Flávio
Cappio, bispo de Barra
(BA), que fez greve de fome de dez dias contra o
projeto em 2005.
O STF, por meio de sua
assessoria, informou que é
"absurda" a interpretação
de interesses políticos na
decisão de Pertence.
(FREDERICO VASCONCELOS)
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