São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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Brasil fará quatro submarinos com apoio francês

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

A visita oficial ao Brasil do presidente da França, Nicolas Sarkozy, vai marcar a primeira grande cartada da Estratégia Nacional de Defesa, plano formulado pelo Ministério da Defesa e pelo Secretaria de Assuntos Estratégicos em documento lançado na semana passada.
Será firmado convênio para a construção de quatro submarinos convencionais e o apoio da França na construção de um submarino de propulsão nuclear (desenvolvimento do casco e sistemas eletrônicos) -a propulsão será brasileira. Também está prevista a construção de 50 helicópteros de transporte franceses no Brasil para as três Forças.
A visita inaugura a prática de centralização de compras militares no Ministério da Defesa. A tradição militar brasileira era a de cada uma das Forças adquirir separadamente seus materiais.
Além de fazer um pacote de acordos e compras, a negociação com a França se encaixa no modelo considerado ideal pela nova estratégia nacional para o setor. O plano defende a cooperação internacional com transferência de tecnologia com o objetivo de desenvolver a capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa para eliminar progressivamente a compra de serviços e produtos importados.
Apesar disso, os franceses ainda tentam convencer o Brasil a comprar o submarino de propulsão nuclear já pronto. Mas a área nuclear é um dos três "setores estratégicos essenciais", e o projeto do submarino, prioridade.

UE
Paralelamente à agenda bilateral, Sarkozy e Lula protagonizam a 2ª Cúpula Brasil-União Européia (UE). A pauta é a adoção do Plano de Ação da Parceria Estratégica -firmada na primeira cúpula em 2007-, que visa intensificar as trocas comerciais entre o país e o bloco econômico europeu. O presidente francês está deixando a presidência rotativa do Conselho Europeu, cujo mandato é semestral. Participará do evento o ex-premiê português José Manuel Durão Barroso, que é presidente da Comissão Européia -órgão executivo da UE. Sarkozy viaja acompanhado de sua mulher, a cantora Carla Bruni, e de três ministros.


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