|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil fará quatro submarinos com apoio francês
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A visita oficial ao Brasil
do presidente da França,
Nicolas Sarkozy, vai marcar a primeira grande cartada da Estratégia Nacional de Defesa, plano formulado pelo Ministério da
Defesa e pelo Secretaria de
Assuntos Estratégicos em
documento lançado na semana passada.
Será firmado convênio
para a construção de quatro submarinos convencionais e o apoio da França
na construção de um submarino de propulsão nuclear (desenvolvimento do
casco e sistemas eletrônicos) -a propulsão será
brasileira. Também está
prevista a construção de
50 helicópteros de transporte franceses no Brasil
para as três Forças.
A visita inaugura a prática de centralização de
compras militares no Ministério da Defesa. A tradição militar brasileira era a
de cada uma das Forças
adquirir separadamente
seus materiais.
Além de fazer um pacote
de acordos e compras, a
negociação com a França
se encaixa no modelo considerado ideal pela nova
estratégia nacional para o
setor. O plano defende a
cooperação internacional
com transferência de tecnologia com o objetivo de
desenvolver a capacitação
tecnológica e a fabricação
de produtos de defesa para
eliminar progressivamente a compra de serviços e
produtos importados.
Apesar disso, os franceses ainda tentam convencer o Brasil a comprar o
submarino de propulsão
nuclear já pronto. Mas a
área nuclear é um dos três
"setores estratégicos essenciais", e o projeto do
submarino, prioridade.
UE
Paralelamente à agenda
bilateral, Sarkozy e Lula
protagonizam a 2ª Cúpula
Brasil-União Européia
(UE). A pauta é a adoção
do Plano de Ação da Parceria Estratégica -firmada
na primeira cúpula em
2007-, que visa intensificar as trocas comerciais
entre o país e o bloco econômico europeu. O presidente francês está deixando a presidência rotativa
do Conselho Europeu, cujo mandato é semestral.
Participará do evento o ex-premiê português José
Manuel Durão Barroso,
que é presidente da Comissão Européia -órgão
executivo da UE. Sarkozy
viaja acompanhado de sua
mulher, a cantora Carla
Bruni, e de três ministros.
Texto Anterior: Sarkozy quer parceria no setor de defesa Próximo Texto: Crise revela risco de fechamento da imigração, diz dirigente da UE Índice
|