São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

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Outro lado

Peemedebista diz ser vítima de perseguição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por meio de sua assessoria, o deputado eleito Carlos Bezerra (PMDB-MT) disse que, em mais de 30 anos de vida pública, sofreu diversos tipos de perseguição, mas nunca se curvou. "Fui preso e fichado na época da ditadura".
Sobre o caso da licitação para a locação de computadores pelo INSS, Bezerra considera "perseguição" o processo instaurado pelo Ministério Público Federal.
Como no caso da ação por improbidade movida contra ele em 2004, Bezerra culpou a Dataprev, dizendo que a empresa tem autonomia administrativa. "Os atos da referida empresa não são de responsabilidade do INSS."
Em 2004, a Dataprev disse considerar "estranho" o Ministério Público propor a ação "num caso em que não houve gasto público".
Um dos depoimentos colhidos pelo Ministério Público foi do então gerente da Divisão de Suporte à Plataforma Baixa da Dataprev, Nélio Marques Leão. Ele disse que a especificação dos computadores a serem locados na licitação foi feita pelo INSS.
Na concorrência, foi estabelecido que os computadores deveriam ter monitor de cristal líquido acoplado ao gabinete, produto pouco usual no mercado.
O Ministério Público classificou tal exigência de "dirigismo" da licitação para beneficiar a Siemens.
Sobre a condenação no Tribunal de Contas da União relacionado ao franqueamento da base de dados do INSS ao BMG, Bezerra disse que recorreu da decisão.
"A abertura de empréstimos com menores juros para aposentados e pensionistas seguia uma determinação de governo", argumentaram seus advogados no recurso.
Bezerra também negou envolvimento com a máfia das ambulâncias.
O BMG afirmou que foi isentado pelo TCU de supostas irregularidades relativas ao convênio firmado com o INSS. A Siemens informou que não havia sido comunicada oficialmente sobre a denúncia e que, portanto, não comentaria o assunto.


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