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[!] Foco
Invadida em 2007, usina abre licitação para comprar equipamento de segurança
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em tempos de risco de desabastecimento de energia
elétrica, o Ministério de Minas e Energia decidiu reforçar a proteção a uma de suas
principais usinas, a de Tucuruí, no Pará, a 389 km de Belém. Em maio do ano passado, a usina foi palco de uma
invasão de sem-terra e movimentos de atingidos por barragens, que chegaram a fazer
um funcionário como refém.
Controladora da usina, a
estatal Eletronorte abriu licitação para comprar equipamentos para seus seguranças.
Encabeçam a relação 36 pares de "caneleiras antitumulto" que, segundo o edital de licitação, devem ser "resistentes a golpe substancial de armas não balísticas". Também
estão sendo adquiridas "cotoveleiras para utilização em
ação tática" e "luvas para utilização em distúrbio urbano"
feitas em espuma.
Escudos, capacetes e coletes de uso controlado pelo
Exército, além de 36 pares de
tonfa -espécie de cassetete
oriental com empunhadura
vertical, muito comum em filmes de artes marciais-, completam a lista. Sessenta rolos
de arame farpado novo em folha cercarão o local.
A Eletronorte não comentou as novas compras.
O gasto total poderá chegar
a R$ 218 mil, segundo o edital
(o preço final dependerá do
vencedor). A usina de Tucuruí é a segunda maior do país,
com potência de geração de
4.000 MW.
A invasão da usina, em
maio do ano passado, durou
dois dias. Cerca de 600 pessoas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra), à Via
Campesina e ao MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) entraram na usina
após vencer a resistência de
alguns poucos policiais militares que estavam no local.
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