São Paulo, terça-feira, 22 de janeiro de 2008 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Da teoria ao pânico
Para o site da "Economist", um ano após surgir a crise "a realidade chegou" aos mercados que acreditavam em "decoupling" ou descolamento global da economia americana. Usando expressões como "pânico"
e "carnificina", o "Wall Street Journal" foi pela mesma linha, sublinhando que os Brics todos caíram. Diz
que a "teoria" do descolamento foi posta "em dúvida".
Nos sites chineses, a foto em destaque era de operadores de Hong Kong em desalento. Na "Economist" e outros, de operadores europeus (acima). Em vídeo on-line, editor do "Financial Times" felicitou os "espectadores americanos" pelo dia de Martin Luther King. "Significa que seu mercado não funcionou -e evitou a carnificina do resto do mundo." 11 DE SETEMBRO... "Pânico" foi também expressão usada por "New York Times" e outros americanos. Já o inglês "Guardian" e o francês "Le Monde" espalharam o enunciado da "maior queda desde o 11 de setembro", nos mercados europeus. O RETORNO No Brasil, UOL e demais atravessaram o dia com "Bolsa despenca" na manchete. No "Jornal Nacional", depois, mais "11 de setembro" e um aparente conflito entre as avaliações do ministro da Fazenda e do presidente do BC. POR OUTRO LADO No segundo destaque da home do "FT" e no quarto da hoje do "WSJ", pouco abaixo do "pânico", e também por "NYT", Bloomberg etc, a confirmação ontem pela Vale da da negociação para comprar a anglo-suíça Xstrata, como noticiou o "Valor Econômico", ontem em manchete. Na busca de notícias de Brasil no Google, ontem às 22h30, era o maior destaque, com até 150 páginas relacionadas. Em segundo lugar vinha o anúncio da Anglo American à agência Reuters e outras, de que pretende investir US$ 16 bilhões em dez anos para aumentar a produção no Brasil. GÁS DE JÚPITER Na manchete da Reuters Brasil e depois submanchete da Folha Online e outros, "Petrobras anuncia grande área de gás na bacia de Santos". É próxima do campo de Tupi e leva o nome de Júpiter. Foi no início da noite, com eco quase imediato pelo exterior. E DA BOLÍVIA Também pela Reuters e outras agências, com repercussão sobretudo por sites latino-americanos, a notícia de que a "Bolívia garante gás ao Brasil para um reconciliação mais ampla". Os investimentos da Petrobras tornaram "a relação muito mais positiva". O CAMINHO PARA CUBA No editorial "Engajar com Cuba", o "Financial Times" tratou ontem a eleição não "genuinamente democrática" como um sinal de que o país "cada vez mais estável está se preparando com sucesso para a vida sem Fidel Castro" -e com Raúl, "figura muito mais prática do que o irmão". Diz o jornal financeiro que Lula, "presidente moderado de esquerda do país mais influente da América do Sul, mostrou o caminho" a ser seguido pela política americana no hemisfério, ainda que apenas pelo sucessor de George W. Bush. "Já está negociando contratos de investimento." Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Defesa: Jobim promete retomar a negociação sobre reajustes Índice |
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