São Paulo, sexta, 22 de janeiro de 1999

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PFL vence como o "partido mais aliado'

da Sucursal de Brasília

Os ministros políticos e os líderes governistas travaram uma disputa à parte na votação da contribuição dos servidores públicos da União, anteontem, para mostrar qual é o partido mais fiel ao governo. Venceu o PFL, mas houve virada de votos em todos os partidos aliados.
O governo teve o apoio de 90,9% da bancada do PFL. O líder do partido, Inocêncio Oliveira (PE), e os ministros Waldeck Ornélas (Previdência) e Sarney Filho (Meio Ambiente) conseguiram mudar, a favor do governo, 39 votos em relação à votação de dezembro, quando projeto parecido foi derrotado.
Só em Rondônia, Inocêncio mudou três votos de pefelistas.
Sarney Filho trabalhou muito a bancada do Maranhão. Dos 18 deputados do Estado, 13 viraram o voto e ajudaram a aprovação.
O PSDB ficou próximo, com 88,3% dos votos, 33 a mais do que na última vez. O líder Aécio Neves (MG) foi ajudado pelos ministros Pimenta da Veiga (Comunicações), Paulo Renato Souza (Educação) e José Serra (Saúde).
No PMDB, o ministro Eliseu Padilha (Transportes) foi o mais ativo. Recebeu pedidos de cargos e de liberação de verbas de deputados de vários Estados e partidos. O vice-governador de Minas, Newton Cardoso (PMDB), ofereceu a Padilha nove votos em troca da diretoria geral do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). A oferta foi recusada.
Na reunião da bancada do PMDB, no dia da votação, o ministro Renan Calheiros (Justiça) disse que estava trabalhando os votos da bancada alagoana. Cinco deputados do Estado viraram o voto.
O presidente nacional do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), conseguiu virar três votos no Pará, mas não virou o voto da ex-mulher, Elcione Barbalho (PMDB).
O ministro Ovídio De Ângelis (Políticas Regionais) teve de virar os votos do PMDB de Goiás. Os sete deputados do partido em Goiás votaram com o governo.
No PPB, o maior articulador foi o ministro Francisco Dornelles (Trabalho e Emprego). Levou os votos de 25 para 53. Sem contar com ministro do partido, o líder do PTB, Paulo Heslander (MG), conseguiu 20 votos (86,9%). (DM e LV)



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