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CASO SILVEIRINHA
Não há processo
Fiscais suspeitos não sofreram punição no RJ
DA SUCURSAL DO RIO
Nenhum dos fiscais supostamente acusados de corrupção em
Campos (a 278 Km do Rio), em
1999, responderam a processos
judiciais ou administrativos. Anteontem, em nota oficial, o ex-governador Anthony Garotinho
(PSB) afirmou que o então secretário de Fazenda, Carlos Antonio
Sasse, deixou o governo "por se
recusar a demitir fiscais".
A Folha apurou que todos trabalham normalmente na fiscalização do Estado e que alguns ainda continuam na Inspetoria da
Fazenda daquele município.
A suposta denúncia contra os
fiscais, levantada pela CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de
Campos, motivou a exoneração
de Sasse. Na época, ele alegou que
não havia provas contra os fiscais.
O então governador Anthony Garotinho (PSB) suspendeu a fiscalização em Campos e afastou parte
dos 30 fiscais da inspetoria.
Em outubro de 1999, um mês
após a saída de Sasse, o número
de multas em Campos caiu 37%.
Três anos e meio após a denúncia
vir a público, a Secretaria de Fazenda não instaurou sindicância
interna para apurar, como a legislação obriga. Até às 18h30, a Secretaria da Receita, responsável
pelos processos contra fiscais, não
havia informado se teria aberto
sindicância sobre o caso.
O ex-assessor de informática da
Secretaria Estadual de Fazenda
David Birman disse ontem que o
fiscal Rodrigo Silveirinha Corrêa
o procurou "transtornado" e pediu que ele cuidasse de sua família, mas negou ter ouvido a confissão de Silveirinha sobre a existência de contas na Suíça. Birman depôs ontem na CPI do "Propinoduto". A confissão teria sido ouvida por Birman, segundo os ex-secretários de Fazenda Carlos Sasse
e Fernando Lopes, ouvidos anteontem pela CPI.
(MURILO FIUZA DE MELO)
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