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Garotinho acusa
ex-secretário e
ataca imprensa
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-governador Anthony
Garotinho (PSB) convocou ontem a imprensa ao Palácio Laranjeiras, residência oficial dos
governadores do Rio, para se
defender das acusações de seu
ex-secretário de Fazenda, Carlos Antônio Sasse, e para criticar a cobertura da imprensa às
suspeitas de corrupção que envolvem fiscais do Estado.
"Me sinto indignado e revoltado com a cobertura que vocês
[jornalistas] tentam fazer, vinculando meu nome a situações
com as quais não tenho nenhum comprometimento. Todas as medidas que tinham que
ser tomadas já foram tomadas", disse Garotinho.
"As contas [na Suíça, supostamente de quatro fiscais do
Rio] não foram abertas na minha gestão. Muitos dos fiscais
já atuavam antes, movimentando somas vultosas provenientes de multas aplicadas.
Fui o único governador a não
pagar essa porcentagem das
multas, ao estabelecer o teto salarial de R$ 9.600", disse, referindo-se à lei que dava a fiscais
30% das multas aplicadas.
Garotinho mostrou uma carta assinada por Marcelo Mérida Aguiar, ex-presidente da
Câmara de Dirigentes Lojistas
de Campos (278 km do Rio),
que afirma que o ex-secretário,
Antônio Sasse, em reunião
com lojistas em 1999, afirmou
que não faria nada contra fiscais acusados de extorquir lojistas porque não haveria provas. Garotinho diz que Sasse foi
à cidade por determinação sua,
para apurar o caso. Sasse teria
pedido demissão por não concordar com a ordem do ex-governador de punir os fiscais.
Na versão de Sasse, apresentada anteontem em depoimento à CPI, a decisão de não punir
os fiscais foi de Garotinho.
O ex-governador apresentou
foto publicada ontem em um
jornal de Campos que mostra
que Sasse foi a essa reunião
com Rodrigo Silveirinha, um
dos fiscais acusados.
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