São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

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Três ministros não justificam gastos de viagem

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Longe da possibilidade de controle público por meio do Portal da Transparência, os ministros Marta Suplicy (Turismo), Jorge Félix (Segurança Institucional) e Luiz Dulci (Secretaria Geral) preferem pedir reembolsos de suas despesas de viagem ou de trabalho em vez de usar o cartão corporativo. Questionadas, as três pastas não fornecem detalhes de locais, valores e agenda referentes aos gastos, que somaram mais de R$ 13 mil em 2007.
A CGU (Controladoria Geral da União) considera que reembolsos deveriam ser usados em situação extraordinária. O correto é usar cartão, que existe para essa finalidade e facilita a fiscalização e a detecção de irregularidades, como a compra em free shop da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial).
As prestações de contas dos ministros ficam arquivadas nas respectivas pastas. A Folha procurou a assessoria dos ministérios com os maiores valores de reembolsos e mais de dez forneceram justificativas.
Marta teve R$ 7.089,25 restituídos. Sua assessoria informou na semana passada que são reembolsos de "hospedagem em viagens oficiais no território nacional". Informou que é feita uma prestação de contas, mas, até o fechamento desta edição, os dados não foram enviados.
A assessoria de Félix informou que a restituição de R$ 4.165,00 se refere a "hospedagem, transporte, passagem aérea e refeições a serviço" e "obedeceram aos procedimentos legais exigidos".
A assessoria de Dulci pediu prazo para levantar e repassar os dados sobre os R$ 1.824,23 restituídos, mas informou apenas que as despesas "foram em atividades de trabalho, de acordo com as normas em vigor".


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