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Três ministros não justificam gastos de viagem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Longe da possibilidade de
controle público por meio do
Portal da Transparência, os
ministros Marta Suplicy
(Turismo), Jorge Félix (Segurança Institucional) e Luiz
Dulci (Secretaria Geral) preferem pedir reembolsos de
suas despesas de viagem ou
de trabalho em vez de usar o
cartão corporativo. Questionadas, as três pastas não fornecem detalhes de locais, valores e agenda referentes aos
gastos, que somaram mais de
R$ 13 mil em 2007.
A CGU (Controladoria Geral da União) considera que
reembolsos deveriam ser
usados em situação extraordinária. O correto é usar cartão, que existe para essa finalidade e facilita a fiscalização
e a detecção de irregularidades, como a compra em free
shop da ex-ministra Matilde
Ribeiro (Igualdade Racial).
As prestações de contas
dos ministros ficam arquivadas nas respectivas pastas. A
Folha procurou a assessoria
dos ministérios com os
maiores valores de reembolsos e mais de dez forneceram
justificativas.
Marta teve R$ 7.089,25
restituídos. Sua assessoria
informou na semana passada
que são reembolsos de "hospedagem em viagens oficiais
no território nacional". Informou que é feita uma prestação de contas, mas, até o fechamento desta edição, os
dados não foram enviados.
A assessoria de Félix informou que a restituição de R$
4.165,00 se refere a "hospedagem, transporte, passagem aérea e refeições a serviço" e "obedeceram aos procedimentos legais exigidos".
A assessoria de Dulci pediu
prazo para levantar e repassar os dados sobre os R$
1.824,23 restituídos, mas informou apenas que as despesas "foram em atividades de
trabalho, de acordo com as
normas em vigor".
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