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Outro lado
Acusações são fantasiosas, afirma juiz
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O juiz Marcelo de Souza
Barros, auxiliar da presidência do TJ-MT na gestão do desembargador José Ferreira Leite, foi o presidente da comissão que
chefiou a obra do Fórum
de Cuiabá. Ele classificou
de "fantasiosas" as afirmações contidas nos relatórios do desembargador
Orlando Perri.
Segundo ele, os magistrados citados como envolvidos em irregularidades são vítimas de uma
"vingança pessoal" do corregedor. Uma das motivações, disse, é o fato de Perri
ter sido preterido, na gestão de Ferreira Leite, da
tarefa de coordenar um
projeto de "modernização
do Judiciário".
Outra seria a derrota de
Perri em uma eleição anterior ao cargo de corregedor. Souza Barros disse
que Perri atribuiu o revés à
atuação do grupo ligado ao
então presidente.
O juiz disse que não foi
ouvido na investigação e
que desconhece o teor do
novo relatório. Sobre a
obra do fórum, afirmou
que a contratação foi por
um "preço global". "O tribunal não contratou a
quantidade determinada
de toneladas de ferro.
Contratou o prédio pronto. Mas tudo o que foi pago
teve medição e nunca houve pagamento sem a execução do serviço."
Perri negou que tenha
agido em razão de rixas
pessoais. "Essa história de
vingança é uma cortina de
fumaça, uma tática de defesa." Segundo ele, as investigações foram motivadas por denúncias feitas à
Corregedoria.
Em 2008, o TJ aceitou
um mandado de segurança impetrado por Ferreira
Leite e Souza Barros e
mandou arquivar um inquérito civil aberto pelo
Ministério Público Estadual para apurar irregularidades na obra do fórum
-cujo contrato, segundo a
Promotoria, foi aditado 17
vezes e subempreitado para cerca de 300 microempresas. "Não havia justa
causa para a continuidade
daquele procedimento",
disse o juiz Souza Barros.
O promotor Célio Fúrio,
que conduzia a investigação, disse que o arquivamento do inquérito -que
à ocasião reunia mais de
30 volumes- ocorreu justamente quando a Promotoria abria licitação para
contratar perícia nos documentos relativos à obra.
"Demoramos um ano e
quatro meses para ter
acesso à documentação."
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