|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem descartar renúncia, Paulo
Octávio diz que semana é decisiva
Governador interino do Distrito Federal adiou decisão de se desfiliar do DEM
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem descartar a renúncia de
seu horizonte político, o governador interino Paulo Octávio
adiou a decisão de se desfiliar
do DEM, como anunciado por
ele na semana passada, e vai
tentar convencer o seu partido
a não abandonar o governo.
Onze dias depois de assumir
o governo no lugar do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), Paulo Octávio já deu quatro versões para
seu futuro político.
Primeiro, avisou que iria renunciar, mas ficou no cargo dizendo que esperaria definições
da Justiça sobre intervenção no
Distrito Federal e prisão de Arruda. Na semana passada, seu
assessor garantiu que ele ficaria até o fim do mandato. Agora,
ele volta a ter dúvidas e diz que
"a semana é decisiva".
"Ainda estou buscando sentir o clima, o apoiamento. Não
tenho nada certo. Qualquer decisão vou tomar essa semana",
disse ontem ao admitir que
perder o apoio político da sigla
a qual é filiado seria um de seus
maiores "complicadores" na
tentativa de governabilidade.
Um dos responsáveis por
tentar reaver a posição do DEM
de deixar o governo é o secretário de Transportes, Alberto
Fraga (DEM). Ele deve se encontrar com o presidente da legenda, Rodrigo Maia, amanhã.
A Executiva do partido vai se
reunir na quarta para tratar da
questão do Distrito Federal.
Rodrigo Maia admite que a
situação do governador interino "piorou muito", mas ressaltou que a decisão sobre expulsá-lo ou não será "coletiva".
Paulo Octávio diz não se
preocupar com os três processos de impeachment abertos
contra ele na Câmara, nem com
a suspeita de envolvimento no
mensalão -ele nega ter recebido dinheiro do esquema.
O governador interino também anunciou que vai solicitar
ao governo federal uma auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) nos repasses da
União para o DF -o chamado
fundo constitucional, dinheiro
que é utilizado pelas áreas da
saúde, educação e segurança
pública. No ano passado, a
União repassou para Brasília
mais de R$ 7 bilhões. A auditoria, contudo, já tinha sido anunciada até pela Presidência da
República na semana passada.
Colaboraram SÉRGIO LIMA E RENAN RAMALHO, da Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Crise acarreta indefinições em secretarias Índice
|