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Outro lado
Deputado diz que pagamento teve aprovação do BC
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR) disse
ontem à Folha que o pagamento dos R$ 2,2 milhões à
editora do jornal "Gazeta do
Paraná" passou por homologação judicial e foi uma decisão da procuradoria jurídica
do Banestado, com anuência
dos auditores do Banco Central, ""sem envolvimento direto do presidente". ""Sou
100% inocente", disse.
"À época, vivíamos com 12
auditores permanentemente
dentro do banco e todos os
casos passavam por auditoria do Banco Central."
Stephanes afirma considerar a investigação do caso
"até um pouco de maldade"
contra ele, ""quando se sabe
que o presidente do banco
não tem absolutamente nada a ver com isso".
Ele disse se surpreender
com a notícia de que a ação
continua tramitando e deve
ser retomada sete anos depois de aberta. ""Acreditava
que já estivesse extinta."
Ainda segundo o deputado, no saneamento, o banco
pagava, em acordos, de 20%
a 25% do valor das ações reclamadas para apressar o
processo. A dívida reclamada
pela editora Arlequim Ltda.
teria seguido o modelo, e
constaria do passivo a ser levantado.
"Nesse caso, lembro da
orientação de que íamos perder de qualquer maneira, pelo simples fato de a despesa
ter sido autorizada pelo governador [Mário Pereira], de
próprio punho."
Ainda segundo Stephanes,
havia pareceres de juízes e
desembargadores favoráveis
à empresa.
A defesa do Banestado argumentou que o fato de o
acordo passar por homologação na Justiça, com parecer favorável do Ministério
Público, bloqueia questionamentos futuros.
O banco tenta confirmar
essa tese no STF (Supremo
Tribunal Federal) para garantir arquivamento da ação.
Um parecer do Tribunal de
Justiça não reconhece essa
situação.
O diretor do jornal "Gazeta do Paraná", José Marcos
Formighieri, e o ex-governador Mário Pereira não foram
localizados pela reportagem
ontem.
(MT)
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