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Durante crise, MT mantém maquinário novo sem uso
Equipamento obtido pelo governo no fim de janeiro está exposto em Cuiabá
No Estado, 14 cidades estão com decretos de situação de emergência homologados ou em vistoria por conta dos efeitos da época de chuvas
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O governo de Mato Grosso
expõe há um mês, na principal
avenida de Cuiabá, 132 máquinas de um lote de 212 equipamentos que foram comprados
no fim de janeiro para o trabalho de recuperação de estradas
não-pavimentadas do Estado.
O lote teve custo de R$ 77 milhões e é anunciado no local
com um outdoor, que afirma
ser esta a "maior aquisição de
máquinas da história".
Enquanto isso, 14 cidades do
Estado estão com decretos de
situação de emergência homologados ou em vistoria por conta dos efeitos da temporada de
chuvas, segundo a Defesa Civil.
Os relatos são de estradas rompidas por trombas d'água, pontes destruídas, atoleiros e dificuldade de escoar a safra.
"As máquinas estão lá, fazendo propaganda. E, por aqui,
ninguém sabe quando vai começar a ajuda", diz João Batista
Sá (PMDB), prefeito de Torixoréu (a 560 km de Cuiabá). O
município, que decretou estado
de emergência em janeiro, teve
sua situação homologada recentemente pela Defesa Civil.
O governo diz que, antes de
colocar a frota em atividade,
precisa esperar a entrega de todo o maquinário. O prazo vence
no dia 10 de abril.
As diferentes máquinas -caminhões basculantes, escavadeiras e motoniveladoras, principalmente- serão agrupadas
em patrulhas mecanizadas e divididas entre 15 consórcios de
municípios. "Ainda restam 80
unidades para completar os
conjuntos. Não podemos entregar uma patrulha incompleta", diz Vilceu Marcheti, secretário de Infra-estrutura do governo Blairo Maggi (PR).
Segundo ele, a manutenção
das 132 máquinas em Cuiabá há
mais de um mês não prejudica
o atendimento de situações
emergenciais. "Estamos com
nossas equipes nos locais mais
críticos. O fato é que se trata de
uma época complicada."
Ele diz que as máquinas já
entregues estão apenas estacionadas no terreno à beira da
avenida por falta de local mais
adequado -e não expostas.
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