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Folha adota cor azul no Dia Mundial da Água
AmBev faz campanha idealizada pela agência Loducca.MPM para promover consumo consciente desse recurso natural
Diretor comercial da Folha diz que iniciativa tem uma natureza institucional e reafirma o pioneirismo do jornal na mídia impressa
DA REDAÇÃO
Hoje, Dia Mundial da Água,
todo o primeiro caderno da Folha foi publicado na cor azul
para marcar o lançamento do
Movimento Cyan, uma campanha da AmBev pelo uso consciente e sustentável da água.
O diretor de sustentabilidade
da AmBev, Sandro de Oliveira
Bassili, 39, diz que a preservação do meio ambiente é crucial
para uma empresa que trabalha
com a água: "A gente tem um
sistema de gestão ambiental integrado. Temos metas de redução do consumo de energia e do
consumo de água. Economizamos 14 bilhões de litros de água
só nos últimos sete anos. Já temos um resultado interno muito bom, mas achamos que precisamos passar as portas da fábrica. A água é fundamental,
precisamos fazer com que as
pessoas deem valor à água".
Com esse objetivo, a empresa
lançou dois projetos ambientais (um de proteção de nascentes e um estudo em parceria
com a USP/São Carlos para reduzir o consumo na sua cadeia
produtiva) e uma campanha na
mídia para que as pessoas valorizem a água: "A gente ficou
muito feliz quando a Folha
aceitou a proposta. Vai ser uma
campanha de muito impacto".
Segundo o diretor comercial
da Folha, Antonio Carlos de
Moura, 51, o jornal avaliou que
o "posicionamento da Ambev
tem natureza institucional",
pois visa a preservação de um
recurso natural imprescindível, e para isso a empresa precisava atingir "um público qualificado e formador de opinião".
Elaborada pela Loducca.MPM, a campanha pretende
alertar a população para a necessidade de evitar o desperdício. Para Guga Ketzer, 34, vice-presidente e diretor de criação
da agência, a grande dificuldade reside no fato de que, no
Brasil, a água parece ser um recurso muito abundante, mas,
paradoxalmente, ela é invisível:
"Como ela é incolor, as pessoas
não conseguem enxergar a
água e não veem o seu valor".
Daí a proposta de usar a cor
azul (Cyan) para representar a
água, a fim de que todos possam visualizá-la melhor e, assim, compreender a sua importância. Segundo Daniel Chalfon, 35, vice-presidente e diretor de mídia da Loducca.MPM,
"a gente comete abusos porque
ninguém presta atenção ao
problema do uso da água. Fazer
um movimento como esse, para despertar a atenção, requeria formatos mais ousados".
"A gente colocou isso para
todo o mercado, e a Folha entendeu e abraçou a causa. Acho
que é a primeira vez no mundo
que um jornal muda de cor."
Moura disse que a Folha decidiu aceitar o desafio "porque
é reconhecida como um jornal
inovador". Com isso, o jornal
reafirmou seu pioneirismo entre os veículos impressos: "A
Folha sempre zelou por inovações no mercado publicitário.
Isso demonstra a sua ousadia".
Do ponto de vista industrial,
a inovação exigiu vários ajustes
para evitar prejuízos à legibilidade dos textos: "Nós fizemos
um fundo azul de baixa densidade e sobre ele colocamos todos os elementos textuais para
que a leitura ficasse bastante
confortável", disse Adalberto
Fernandes, 52, diretor-executivo de Operações da Folha.
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