São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Folha adota cor azul no Dia Mundial da Água

AmBev faz campanha idealizada pela agência Loducca.MPM para promover consumo consciente desse recurso natural

Diretor comercial da Folha diz que iniciativa tem uma natureza institucional e reafirma o pioneirismo do jornal na mídia impressa

DA REDAÇÃO

Hoje, Dia Mundial da Água, todo o primeiro caderno da Folha foi publicado na cor azul para marcar o lançamento do Movimento Cyan, uma campanha da AmBev pelo uso consciente e sustentável da água.
O diretor de sustentabilidade da AmBev, Sandro de Oliveira Bassili, 39, diz que a preservação do meio ambiente é crucial para uma empresa que trabalha com a água: "A gente tem um sistema de gestão ambiental integrado. Temos metas de redução do consumo de energia e do consumo de água. Economizamos 14 bilhões de litros de água só nos últimos sete anos. Já temos um resultado interno muito bom, mas achamos que precisamos passar as portas da fábrica. A água é fundamental, precisamos fazer com que as pessoas deem valor à água".
Com esse objetivo, a empresa lançou dois projetos ambientais (um de proteção de nascentes e um estudo em parceria com a USP/São Carlos para reduzir o consumo na sua cadeia produtiva) e uma campanha na mídia para que as pessoas valorizem a água: "A gente ficou muito feliz quando a Folha aceitou a proposta. Vai ser uma campanha de muito impacto".
Segundo o diretor comercial da Folha, Antonio Carlos de Moura, 51, o jornal avaliou que o "posicionamento da Ambev tem natureza institucional", pois visa a preservação de um recurso natural imprescindível, e para isso a empresa precisava atingir "um público qualificado e formador de opinião".
Elaborada pela Loducca.MPM, a campanha pretende alertar a população para a necessidade de evitar o desperdício. Para Guga Ketzer, 34, vice-presidente e diretor de criação da agência, a grande dificuldade reside no fato de que, no Brasil, a água parece ser um recurso muito abundante, mas, paradoxalmente, ela é invisível: "Como ela é incolor, as pessoas não conseguem enxergar a água e não veem o seu valor".
Daí a proposta de usar a cor azul (Cyan) para representar a água, a fim de que todos possam visualizá-la melhor e, assim, compreender a sua importância. Segundo Daniel Chalfon, 35, vice-presidente e diretor de mídia da Loducca.MPM, "a gente comete abusos porque ninguém presta atenção ao problema do uso da água. Fazer um movimento como esse, para despertar a atenção, requeria formatos mais ousados".
"A gente colocou isso para todo o mercado, e a Folha entendeu e abraçou a causa. Acho que é a primeira vez no mundo que um jornal muda de cor."
Moura disse que a Folha decidiu aceitar o desafio "porque é reconhecida como um jornal inovador". Com isso, o jornal reafirmou seu pioneirismo entre os veículos impressos: "A Folha sempre zelou por inovações no mercado publicitário. Isso demonstra a sua ousadia".
Do ponto de vista industrial, a inovação exigiu vários ajustes para evitar prejuízos à legibilidade dos textos: "Nós fizemos um fundo azul de baixa densidade e sobre ele colocamos todos os elementos textuais para que a leitura ficasse bastante confortável", disse Adalberto Fernandes, 52, diretor-executivo de Operações da Folha.


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