São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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Petista nega ter prometido aumento a servidores

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JARAGUÁ DO SUL

O pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, negou ontem em Jaraguá do Sul (SC) que tenha prometido conceder aumentos ao funcionalismo federal. "Seria irresponsabilidade minha ficar fazendo promessas antes das eleições", afirmou.
Anteontem, em entrevista à rádio CBN, Lula declarou que "não é normal em nenhum país do mundo que uma categoria fique sete anos sem aumento".
Ontem, o petista disse que apenas prometeu negociar a reparação das perdas. "O que eu disse é que vamos ter de sentar numa mesa de negociação e ver como fazer para recuperar os prejuízos que as pessoas tiveram nesses anos todos", disse.
A discussão que Lula propõe, segundo ele, não estaria restrita ao funcionalismo público federal. "Ela se daria com amplos setores do movimento sindical, para que a gente comece a encontrar saídas para o Brasil." O presidenciável disse que não poderia antecipar anúncios de ganhos. "Até porque não sei nem como está a contabilidade do governo", disse.
Lula ironizou o assunto afirmando que "o último a fazer uma promessa dessas e mentir foi o Roriz [o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz], que prometeu dar 28% ao funcionalismo de Brasília e até hoje não pagou".
Sobre a ameaça de greve do funcionalismo da cidade de São Paulo, que reclama ter obtido apenas 0,7% de aumento no governo Marta Suplicy (PT), Lula disse que "0,7% é maior do que zero".

Palocci
O pré-candidato voltou a defender o coordenador do seu programa de governo, o prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci Filho (PT), cuja gestão é investigada por suspeitas numa compra.
"Ele é um dos melhores prefeitos deste país. Se houve irregularidade, que se puna o autor, mas isso não desabona o Palocci, em hipótese alguma." (MARI TORTATO)



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