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CÂMARA
Medida seria inconstitucional
Aumento de verba de gabinete é suspenso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Justiça Federal determinou a
suspensão do aumento de R$ 10
mil -de R$ 25 mil para R$ 35
mil- na verba de gabinete dos
deputados federais, destinada ao
pagamento dos salários dos secretários parlamentares. Aprovado
em março pela Mesa Diretora da
Câmara, o aumento resultou numa despesa extra anual de R$
66,69 milhões para a União.
A juíza Lília Botelho Neiva, da 4ª
Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, considerou inconstitucional a fixação da remuneração
dos assessores dos deputados por
meio de resolução da Mesa Diretora. A decisão, tomada anteontem, diz que a fixação da remuneração de cargos, empregos e funções da Câmara deve ser feita por lei, aprovada em plenário.
A juíza também argumentou
que não havia previsão orçamentária para a nova despesa criada.
Ela afirma que a não inclusão do
novo subsídio dos deputados nas
despesas com pessoal da Câmara
"infringe frontalmente o disposto
expressamente na lei".
O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), afirmou
ontem que a Advocacia Geral da
União vai apresentar recurso contra a decisão, e sustentou a legalidade da medida. Ele afirmou que
houve remanejamento do orçamento da Câmara para cobrir a
nova despesa.
A suspensão do pagamento foi
solicitada pelo Ministério Público
Federal. A ação civil pública foi
apresentada contra a União e
contra os próprios assessores dos
deputados.
(LUCIO VAZ)
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