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Lula sugere que conselho debata volta do tributo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou
ontem do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social uma maior
atuação junto à sociedade.
Num café da manhã em
Brasília, Lula chegou a sugerir temas aos integrantes do chamado Conselhão, citando a CPMF, a
crise mundial de alimentos, a participação da Petrobras no crescimento do
país e a situação da aviação. A criação do Conselhão, órgão não deliberativo de assessoramento do
Executivo, foi anunciada
com pompa no início da
gestão Lula, mas teve poucos resultados práticos.
Sobre a CPMF, Lula
questionou se algum dos
presentes havia melhorado sua situação financeira
em virtude do fim do chamado imposto do cheque.
A declaração foi entendida
por conselheiros como
uma defesa do imposto.
O ministro José Múcio
(Relações Institucionais)
criticou empresários por
não terem reduzido seus
preços depois que a CPMF
acabou: "Nenhum produto brasileiro baixou 0,38%.
Ou seja, o dinheiro da saúde ficou com alguém".
Múcio e o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) negaram que o governo
vá propor a recriação da
CPMF, mas insistiram que
cabe ao Congresso apontar uma fonte de recursos
para a emenda 29, cuja regulamentação está prestes
a ser votada pela Câmara.
"Como o projeto é de
iniciativa do Congresso,
acho que é justo que eles
resolvam esse problema.
Eles criam a despesa e eu
resolvo? Querem que eu
resolva um problema que
eu não criei?", questionou
Paulo Bernardo.
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