São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2008

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Lula sugere que conselho debata volta do tributo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social uma maior atuação junto à sociedade.
Num café da manhã em Brasília, Lula chegou a sugerir temas aos integrantes do chamado Conselhão, citando a CPMF, a crise mundial de alimentos, a participação da Petrobras no crescimento do país e a situação da aviação. A criação do Conselhão, órgão não deliberativo de assessoramento do Executivo, foi anunciada com pompa no início da gestão Lula, mas teve poucos resultados práticos.
Sobre a CPMF, Lula questionou se algum dos presentes havia melhorado sua situação financeira em virtude do fim do chamado imposto do cheque. A declaração foi entendida por conselheiros como uma defesa do imposto.
O ministro José Múcio (Relações Institucionais) criticou empresários por não terem reduzido seus preços depois que a CPMF acabou: "Nenhum produto brasileiro baixou 0,38%. Ou seja, o dinheiro da saúde ficou com alguém".
Múcio e o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) negaram que o governo vá propor a recriação da CPMF, mas insistiram que cabe ao Congresso apontar uma fonte de recursos para a emenda 29, cuja regulamentação está prestes a ser votada pela Câmara.
"Como o projeto é de iniciativa do Congresso, acho que é justo que eles resolvam esse problema. Eles criam a despesa e eu resolvo? Querem que eu resolva um problema que eu não criei?", questionou Paulo Bernardo.


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