São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2008

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OPERAÇÃO SANTA TEREZA

Investigados no caso BNDES negam conhecer Paulinho

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os advogados dos irmãos Washington e Edson Napolitano, acusados pela Polícia Federal de explorar uma boate de prostituição de luxo nos Jardins, negaram ontem que seus clientes conheçam o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), seu ex-assessor João Pedro de Moura e outros suspeitos de supostos desvios do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os advogados reconheceram que o empreiteiro Manuel de Bastos Filho, foragido, pagava comissão sobre gastos de clientes da boate com alimentação, bebida e hospedagem no flat vizinho à boate, mas negaram exploração de prostitutas.
Os interrogatórios dos irmãos e dos demais acusados pela Operação Santa Tereza, que deveriam ocorrer ontem e amanhã, foram transferidos para a semana que vem pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal. Os defensores dos réus alegaram que novos documentos foram anexados ao processo dias antes dos depoimento, o que teria comprometido a defesa.
Domingos Napolitano, advogado e irmão dos proprietários da boate W.E. (registrada em nome de uma parente dos Napolitano), afirmou que eles trabalham com "promoção de eventos", incluindo concursos de beleza em Estados do Sul. "[Trabalharam na] feira do Anhembi, Salão do Automóvel. Já selecionaram garotas para capa de revistas -"Sexy" e "Premium'-, por exemplo, miss Rio Grande do Sul, miss Santa Catarina", disse. "Meu irmão, o Washington, (...) organizou muitos desses concursos. Por isso houve essa confusão. Começaram a achar que havia programas e coisas dessa natureza", acrescentou Domingos.


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