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OPERAÇÃO SANTA TEREZA
Investigados no caso BNDES negam conhecer Paulinho
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados dos irmãos
Washington e Edson Napolitano, acusados pela Polícia
Federal de explorar uma
boate de prostituição de luxo
nos Jardins, negaram ontem
que seus clientes conheçam
o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho
(PDT-SP), seu ex-assessor
João Pedro de Moura e outros suspeitos de supostos
desvios do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os advogados reconheceram que o empreiteiro Manuel de Bastos Filho, foragido, pagava comissão sobre
gastos de clientes da boate
com alimentação, bebida e
hospedagem no flat vizinho à
boate, mas negaram exploração de prostitutas.
Os interrogatórios dos irmãos e dos demais acusados
pela Operação Santa Tereza,
que deveriam ocorrer ontem
e amanhã, foram transferidos para a semana que vem
pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal. Os defensores dos
réus alegaram que novos documentos foram anexados
ao processo dias antes dos
depoimento, o que teria
comprometido a defesa.
Domingos Napolitano, advogado e irmão dos proprietários da boate W.E. (registrada em nome de uma parente dos Napolitano), afirmou que eles trabalham com
"promoção de eventos", incluindo concursos de beleza
em Estados do Sul. "[Trabalharam na] feira do Anhembi, Salão do Automóvel. Já
selecionaram garotas para
capa de revistas -"Sexy" e
"Premium'-, por exemplo,
miss Rio Grande do Sul, miss
Santa Catarina", disse. "Meu
irmão, o Washington, (...) organizou muitos desses concursos. Por isso houve essa
confusão. Começaram a
achar que havia programas e
coisas dessa natureza",
acrescentou Domingos.
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