São Paulo, sábado, 22 de maio de 2010

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Skaf lança candidatura em SP e afirma que vai até o fim

Sem apoio de outras legendas, empresário terá apenas 1min40s de propaganda na televisão comandada por Duda Mendonça

FERNANDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem todos os caciques do partido, mas com a presença do presidente da legenda, Eduardo Campos, e do publicitário Duda Mendonça, o PSB lançou ontem a pré-candidatura do empresário Paulo Skaf ao governo de São Paulo.
O discurso unificado do partido foi o de que a candidatura de Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), não tem volta, apesar do assédio de outras legendas.
"Nós não estamos entrando para marcar [posição], estamos entrando para vencer", disse o pré-candidato".
A tarefa do partido não será fácil. O PSB ainda não tem fechado o apoio de nenhuma legenda de médio ou grande porte. Sozinho, terá direito a apenas 1min40s de TV.
Responsável pela campanha do empresário, Duda é o autor do slogan da campanha, apresentado ontem: "Preste atenção nesse cara".
Duda disse que o tempo curto que o PSB tem na TV não será problema. "O que eu preciso? De um candidato com um minuto e meio, novo e que tenha um discurso de mudança", afirmou o publicitário.
Além de Skaf, Duda disse que será responsável pelas campanhas de pelo menos outros dez candidatos, de diversos partidos, mas não divulgou quais.
Ontem, a única sigla que manifestou apoio a Skaf foi o pequeno PSL (Partido Social Liberal). Seu presidente estadual, Roberto Siqueira, esteve no lançamento de ontem e disse que só falta oficializar legalmente o apoio.
Também não há decisão quanto ao candidato a vice do presidente da Fiesp nem dos candidatos ao Senado.
Apesar das dificuldades, Skaf negou que possa desistir da candidatura por causa da falta de aliança e do curto tempo de propaganda no rádio e na TV
"Em primeiro lugar, não estamos sozinhos. Nós faremos uma aliança. Em segundo lugar, nós temos dois minutos de TV [contando com possíveis alianças com partidos nanicos]. O PT tem quatro e o PSDB de cinco a seis. Às vezes valem mais dois minutos bem comunicados", disse Skaf.
A ala do PSB que apoia a candidatura de Skaf unificou o discurso. Para eles, o empresário representa o rompimento da polarização PT-PSDB no Estado de São Paulo.
Alguns deles, como Eduardo Campos e o senador Renato Casagrande (ES) fizeram duros discursos contra as recentes administrações do PSDB. "Há 20 anos um mesmo rio transborda em São Paulo. E é a mesma força política que governa o Estado", disse Casagrande.
"Já está na hora de São Paulo aposentar essa forma de governar. É preciso não ter arrogância, como se eles soubessem de tudo e nós não soubéssemos de nada. É preciso acabar com os mesmos", afirmou Campos.
Skaf, que foi o último a falar, fez críticas ao setor de transportes no Estado. "Tem trabalhadores que demoram três horas para ir e três horas para voltar do trabalho".
No fim do discurso, Skaf minimizou as pesquisas que o apontam com 2% das intenções de voto. "Eu ouço falar "ah, você está com 2%, 3%". É lógico! Se tivéssemos 20% seríamos o velho, não seríamos o novo. Eu quero ver em agosto, setembro", disse.


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