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Skaf lança candidatura em SP e afirma que vai até o fim
Sem apoio de outras legendas, empresário terá apenas 1min40s de propaganda na televisão comandada por Duda Mendonça
FERNANDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem todos os caciques do
partido, mas com a presença do
presidente da legenda, Eduardo Campos, e do publicitário
Duda Mendonça, o PSB lançou
ontem a pré-candidatura do
empresário Paulo Skaf ao governo de São Paulo.
O discurso unificado do partido foi o de que a candidatura
de Skaf, presidente da Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo), não tem
volta, apesar do assédio de outras legendas.
"Nós não estamos entrando
para marcar [posição], estamos
entrando para vencer", disse o
pré-candidato".
A tarefa do partido não será
fácil. O PSB ainda não tem fechado o apoio de nenhuma legenda de médio ou grande porte. Sozinho, terá direito a apenas 1min40s de TV.
Responsável pela campanha
do empresário, Duda é o autor
do slogan da campanha, apresentado ontem: "Preste atenção nesse cara".
Duda disse que o tempo curto que o PSB tem na TV não será problema. "O que eu preciso? De um candidato com um
minuto e meio, novo e que tenha um discurso de mudança",
afirmou o publicitário.
Além de Skaf, Duda disse que
será responsável pelas campanhas de pelo menos outros dez
candidatos, de diversos partidos, mas não divulgou quais.
Ontem, a única sigla que manifestou apoio a Skaf foi o pequeno PSL (Partido Social Liberal). Seu presidente estadual,
Roberto Siqueira, esteve no
lançamento de ontem e disse
que só falta oficializar legalmente o apoio.
Também não há decisão
quanto ao candidato a vice do
presidente da Fiesp nem dos
candidatos ao Senado.
Apesar das dificuldades, Skaf
negou que possa desistir da
candidatura por causa da falta
de aliança e do curto tempo de
propaganda no rádio e na TV
"Em primeiro lugar, não estamos sozinhos. Nós faremos
uma aliança. Em segundo lugar, nós temos dois minutos de
TV [contando com possíveis
alianças com partidos nanicos].
O PT tem quatro e o PSDB de
cinco a seis. Às vezes valem
mais dois minutos bem comunicados", disse Skaf.
A ala do PSB que apoia a candidatura de Skaf unificou o discurso. Para eles, o empresário
representa o rompimento da
polarização PT-PSDB no Estado de São Paulo.
Alguns deles, como Eduardo
Campos e o senador Renato
Casagrande (ES) fizeram duros
discursos contra as recentes
administrações do PSDB. "Há
20 anos um mesmo rio transborda em São Paulo. E é a mesma força política que governa o
Estado", disse Casagrande.
"Já está na hora de São Paulo
aposentar essa forma de governar. É preciso não ter arrogância, como se eles soubessem de
tudo e nós não soubéssemos de
nada. É preciso acabar com os
mesmos", afirmou Campos.
Skaf, que foi o último a falar,
fez críticas ao setor de transportes no Estado. "Tem trabalhadores que demoram três horas para ir e três horas para voltar do trabalho".
No fim do discurso, Skaf minimizou as pesquisas que o
apontam com 2% das intenções
de voto. "Eu ouço falar "ah, você
está com 2%, 3%". É lógico! Se
tivéssemos 20% seríamos o velho, não seríamos o novo. Eu
quero ver em agosto, setembro", disse.
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