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Senador pede à Justiça que tropas federais protejam sua fazenda
LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O presidente do Senado, Jader
Barbalho (PMDB-PA), pediu ontem à Justiça que determine o envio de tropas federais para retirar
os 700 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) que invadiram pela
segunda vez sua fazenda no último dia 14.
"Se o Exército pode intervir para evitar a invasão de uma fazenda
do presidente da República, por
que não fazer o mesmo com uma
propriedade do presidente do Senado?", disse o advogado de Jader, Edilson Dantas. Ele se referia
à ação do Exército para proteger a
fazenda da família de Fernando
Henrique Cardoso de ameaças de
invasão em Buritis (MG).
Além da "intervenção federal",
Dantas pediu a prisão administrativa do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mauro Luiz
Calandrini, por desobediência a
uma decisão judicial. O comandante não se pronunciou ontem.
A juíza de Aurora do Pará, Andréa Lopes Miralha, não deveria
analisar o pedido ontem.
No dia 2 de maio, ela havia determinado a reintegração de posse com "força policial", quando a
fazenda Chão Preto foi invadida
pela primeira vez. Esta semana
Andréa determinou que Calandrini explicasse porque a reintegração não havia sido cumprida.
Segundo o coronel, sua defesa
seria feita explicando que houve
22 dias de negociações envolvendo Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária) e
Defensoria Pública. Na negociação foi acertado um prazo para
que o Incra apresentasse outras
áreas. As áreas apresentadas não
foram aceitas pelo MST, que continua dizendo que as fazendas de
Jader são griladas e, por isso, decidiu voltar para a área.
Ontem, MST, Incra e Defensoria Pública voltaram a se reunir,
mas o impasse continuou.
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