São Paulo, sexta-feira, 22 de junho de 2001

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GOVERNO

Ineficiência em cobrar devedores da União é um dos pontos criticados

Com ressalvas, TCU aprova contas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DA REPORTAGEM LOCAL

O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou ontem, com ressalvas, as contas do governo federal relativas ao ano passado. Entre os pontos criticados pelo relator do processo, ministro Adylson Motta, está a ineficiência do governo em cobrar os devedores da União. Em dezembro, a dívida era de R$ 196,8 bilhões.
Segundo Motta, o governo só consegue cobrar 1% do total da chamada dívida ativa. O relator também fez ressalvas à situação do patrimônio imobiliário da União, que tem elevado índice de inadimplência. No relatório, Motta afirmou que há um risco de perda de R$ 180 milhões ao ano dada a decadência do patrimônio.
O relatório foi aprovado por unanimidade e será enviado ao Congresso para votação.
O relator cobrou um cálculo exato do total de receitas de que o governo abriu mão por meio de incentivos fiscais. Disse ainda que o governo descumpre o dispositivo constitucional que estabelece critérios para aplicação de recursos de irrigação nas regiões Centro-Oeste (20% do total) e Nordeste (50% do total).
O TCU fez 11 recomendações ao governo federal. Entre elas: avaliação do programa de transferência das rodovias federais para os Estados e implementação do Conselho Nacional de Política Energética, por causa da crise de energia elétrica. As contas do Judiciário e do Legislativo foram aprovadas sem restrições. O TCU recomendou que o STF e a Justiça Federal cumpram o limite de gastos com pessoal.

São Paulo
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo aprovou por unanimidade a prestação de contas de 2000 do governador Mário Covas, com recomendações.
O governo foi criticado, porém, na declaração de voto do conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho, pelo não-pagamento de precatórios (dívidas com o pagamento determinado pela Justiça).
Carvalho afirmou que nas próximas prestações será mais rigoroso em relação ao assunto. As dívida somam mais de R$ 6 bilhões.


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